Daniel Ruiz, militante do PSTU na Argentina, foi um dos milhares de trabalhadores que se concentraram no Congresso Nacional argentino em 18 de dezembro de 2017 para lutar contra a reforma da previdência de Macri, que mais tarde seria aprovada com a cumplicidade do Kirchnerismo e todas as variantes do Peronismo, configurando um ataque brutal à classe trabalhadora argentina.
Ruiz foi preso por lutar contra os ataques de Macri no dia 12 de setembro 2018. Prestes a completar um ano desde a prisão política do militante, movimentos sociais estão organizando ações em frente aos consulados argentinos no 12 de setembro, exigindo a liberdade imediata de Daniel Ruiz.
“Manter-me preso é para domesticar trabalhadores que lutam, falharam, vocês continuam lutando e essa é a garantia de que, em breve, todos os presos políticos deste governo estaremos livres.” , declarou Ruiz, em 18 de dezembro de 2017.
A política de perseguição e encarceramento políticos de ativistas não é fato isolado e sim parte da política do Estado contra os trabalhadores e setores oprimidos que se erguem contra seus ataques. No Brasil, desde o dia 24 de junho, a ativista do movimento de moradia conhecida como Preta Ferreira, bem como outros militantes do movimento de moradia de São Paulo estão presos de forma completamente absurda e arbitrária.
No caso de Preta Ferreira, a persistência das decisões contrárias a sua absolvição tornam ainda mais escandalosas as evidências de que se trata de uma medida política tomada pelo judiciário sob orientação da política repressiva de Doria e Bruno Covas em São Paulo que buscam criminalizar o legítimo movimento de luta por moradia, que ocupam prédios abandonados pelo estado. Aqui ou na Argentina essas prisões políticas expressam a perseguição daqueles que lutam contra os ajustes dos governos que querem fazer com que sejamos nós que paguemos pela crise capitalista.
Na apresentação da chapa presidencial de Nico del Caño-Romina del Plá, para eleições argentinas de 2019, em nome da frente eleitoral Frente de Esquerda e dos Trabalhadores – Unidade, além do programa político apresentado, de conteúdo anti-imperialista, anticapitalista, operário, popular e socialista, Nico del Caño reivindicou que o mesmo se veja refletido com a candidatura a deputado de Daniel Ruiz, ressaltando seu nome na lista de candidatos da Frente.
O PTS (Partido de los Trabajadores Socialistas) reafirmou a campanha pela liberdade de Daniel Ruiz, assim como seguir firma na luta pela sua liberdade e para que cesse a perseguição a todos os ativistas.
Nós do MRT, partido irmão do PTS no Brasil, também nos solidarizamos com essa luta e reiteramos o compromisso contra a política de perseguição e criminalização de todos lutadores e lutadoras. Repudiamos o autoritarismo de Macri, Bolsonaro e Doria como dos demais governos que através da coerção tentam nos impedir de enfrentar todos os duros ataques impostos a nós em detrimento de seus interesses.
Basta de racismo e repressão! Liberdade imediata para os que lutam por condição de vida dignas para os trabalhadores e o povo pobre. Liberdade para Daniel Ruiz.
Veja o evento do ato no Brasil:
https://www.facebook.com/events/2385217815102648/
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