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MEIO AMBIENTE
Capacho de Bolsonaro, superintendente do Ibama no Pará se recusa a debilitar garimpos ilegais
Redação

“Vamos trabalhar diuturnamente para acabar com essa problemática de estar danificando o patrimônio alheio”, disse o coronel Evandro Cunha em relação à destruição de equipamentos apreendidos do garimpo ilegal no Pará.

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Durante audiência pública em Altamira (PA), na segunda-feira (9), o superintendente nomeado no dia 4 se manifestou em defesa da proteção de máquinas usadas na devastação ambiental e invasão de terras indígenas, assim como deu a entender que são patrimônio cuja propriedade deve ser mantida pelos antigos donos.

Recentemente 15 mil hectares de floresta derrubada, focos de queimada e garimpos ilegais foram detectados na Terra Indígena Ituna Itatá, próxima a Altamira. O caso levou à publicação de um ofício pela coordenadoria geral do Ibama criticando o coronel, que ignorou a validade legal da destruição dos equipamentos.

A posição do superintendente, porém, não foi uma decisão autônoma, mas seguiu ordens do próprio governo federal de Bolsonaro, como deu a entender nas palavras: “O trabalhador [garimpeiro ilegal] merece respeito, e terá o respeito do governo federal. Eu sou soldado e eu sei cumprir ordem, a ordem que recebi foi para parar com isso daí".

O absurdo posicionamento do militar também coloca em risco os agentes do Ibama em operação no estado, que já vem sendo alvos de tiros e intimidações por garimpeiros ilegais organizados na região. Com isso, Evandro Cunha mostra desprezo pelos servidores do instituto e pelas comunidades indígenas constantemente atacadas na região, fazendo coro com a mais recente política do Ministério da Agricultura de defesa dos interesses de garimpeiros, madeireiros e grileiros que avançam sobre zonas de preservação e territórios quilombolas e indígenas. A solução do Ministério e do conjunto do governo federal para a questão é clara: evitar ações ilegais ao avançar na garantia de sua regularização, aderindo completamente ao interesse criminoso dos que cobiçam a propriedade das terras, em prejuízo dos povos indígenas e quilombolas das regiões.

 
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