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RACISMO
Movimento Negro realiza protesto ao chicoteamento de jovem negro. Supermercado é obrigado a baixar suas portas
Redação

Neste sábado de 7 de setembro, o movimento negro de São Paulo, junto à população da zona sul, organizou uma manifestação de repúdio aos atos de tortura dos seguranças do Supermercado Ricoy contra um jovem negro em situação de rua.

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Segundo relatos da população, um jovem negro de apenas 16 anos, estava no supermercado e foi levado por seguranças para uma sala após ter furtado um chocolate de R$ 3,00. Os seguranças do mercado o deixaram nu e amordaçaram sua boca, em seguida, começaram a chicotear o jovem como “medida de punição”. Um ato de tortura e racismo escancarado, relembrando a punição que os negros recebiam nas fazendas dos senhores durante todo o período de escravatura no Brasil.

A manifestação de hoje contou com cerca de 300 a 400 pessoas e foi fortemente apoiado pela população da região onde se encontra o mercado. Em uma certa altura, conforme as pessoas iam chegando e se somando à manifestação, a direção do mercado se viu obrigada a baixar suas portas, tamanha a revolta da população contra esse ato bárbaro.

Logo em seguida os manifestantes caminharam para outro Supermercado na mesma avenida, da mesma rede, e que também foi obrigado a fechar suas portas.

Confira a declaração dos militantes do Quilombo Vermelho - Luta Negra Anticapitalista sobre o caso em vídeo que fizeram durante a manifestação:

Também estiverem presentantes importantes figuras do movimento negro, como Miltão, histórico militante do Movimento Negro Unificado - MNU, e Douglas Belchior, membro da UneAfro.

Miltão:

Douglas Belchior:

Outra importante declaração concedida ao Esquerda Diário é de Zezé, militante histórica do Núcleo de Consciência Negra e combatente contra o racismo institucional da USP.

obs: devido a problemas com o áudio, para facilitar a compreensão de todos, transcrevemos aqui o que disse Zezé "Estou nesse ato para denunciar a violência que foi cometida contra um menino jovem, um menino que não teve acesso à escola. Um menino preto da periferia. Denunciar toda essa violência policial. os seguranças poderiam ter causado mais uma morte. É a periferia vítima do genocídio o tempo todo. Isso é o esgotamento desse sistema perverso que é o capitalismo. E temos que chamar atenção das pessoas para esse sistema que explora nossa força de trabalho, que acaba com nosso direito a ter uma vida digna. É o momento de uma reação nossa mais potente e enquanto não derrubamos esse sistema, esses senhores da guerra, escravagistas, homofóbicos, racistas, seguiremos na luta !"

Também esteve presente Clodoaldo, representante do Comitê Mestre Moa do Capão Redondo, que declarou ao Esquerda Diário:

Confira algumas fotos da manifestação:

 
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