Com vaias foram recebidos os fiscais da Secretaria Municipal de Ordem Pública estiveram no inicio da tarde desta sexta-feira na Bienal do Rio, para intimidar autores, editoras e pessoas presentes e recolher o livro em quadrinhos Vingadores, a Cruzada das Crianças do universo Marvel.
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Há informações que ao contrário do que gostariam Crivella, Bolsonaro, Witzel e seu parceiro em reacionarismo na toga, Marcelo Bretas, menos de 40 minutos depois da abertura da Bienal, o livro já estava esgotado nos 520 estandes. Na véspera, o prefeito Marcelo Crivella havia criticado o livro, que apresenta personagens gays. O prefeito tentou encobrir seu reacionarismo, como fazem todos defensores do Escola sem Partido e outras medidas patriarcais e lgtbfóbicas com o “direito das crianças”.
Mas nem essa hipócrita defesa das crianças de políticos que são os primeiros a aplaudir as operações assassinas da polícia do Rio de Janeiro sob mando de Witzel se sustenta. De acordo com a presidente da Comissão de Direitos da Criança e do Adolescente da OAB, Suzana do Monte Moreira, a determinação do estatuto só se aplica a casos em que há imagens de nudez ou sexo explícito. No caso do livro da Marvel, há somente uma imagem de um beijo entre dois homens inteiramente vestidos. A especialista lembra que o casamento (e a família homoafetiva) é reconhecido no País desde 2011 e que a homofobia é considerada crime - similar ao racismo. Mas isso não importa a Crivella, como não importou a Doria que mandou recolher livros didáticos na capital paulista.
Querem o direito de massacrar com seu reacionarismo para tentar fazer que as mulheres se contem em ser “belas, recatadas e do lar”, vestindo rosa e nunca azul, e todos LGBTs sejam “curados”. Esse reacionarismo está em função de interesses eleitorais, mas muito mais que isso, é um serviço de diferentes políticos burgueses a favor da divisão da classe trabalhadora para assim tentar aumentar a exploração.
As vaias na Bienal, a força internacional do movimento de mulheres são pontos de apoio a combater todo reacionarismo patriarcal e heteronormativo, a censura, e a LGBTfobia.
Com informações da Agência Estado
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