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EDUCAÇÃO
Contra os cortes e o Future-se de Bolsonaro: ampliar e coordenar a luta pela educação
Faísca Revolucionária
@faiscarevolucionaria

É preciso coordenar e massificar nacionalmente a luta contra os cortes na educação e o projeto "Future-se" de Weintraub e Bolsonaro.

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Bolsonaro e Weintraub vêm atacando a ciência desde o início do ano. Em oito meses de governo já houve corte de 30% das verbas das universidades públicas, fazendo com que algumas ficassem sem comida, água e energia, impossibilitando um ambiente adequado para os estudantes e trabalhadores; anunciou um projeto de corte de cerca de 5 mil bolsas de mestrado e doutorado previstas para 2019. Além disso, a Capes anunciou que, devido às medidas do governo Bolsonaro, não haverá mais bolsas de financiamento para nenhum outro pesquisador nesse ano. No total, já foram mais de 11 mil bolsas financiadas pela Capes cortadas só neste ano, cerca de 10% do total de bolsas vigentes em janeiro, além dos cortes no Ministério da Ciência e Tecnologia, que corta todo o orçamento para pagar as 84 mil bolsas da CNPq. Weintraub ainda lança o Future-se, projeto que busca encontrar mais espaço para a privatização do ensino público, busca o controle ideológico e uma enorme mercantilização da universidade por meio de financiamento empresarial, extinguindo pesquisas que não sejam exclusivamente para o interesse privado.

Querem entregar ao imperialismo um país com mão de obra com características cada vez mais “chinesas”, e ao agronegócio terras e mais terras arrasadas pelas queimadas na Amazônia.

Bolsonaro avança para atacar com toda a brutalidade os estudantes porque sabe que é a juventude estudantil quem se levantou primeiro contra seu projeto de governo, e tem sido a linha de frente na oposição, especialmente contra os cortes na educação, e se essa juventude se alia aos trabalhadores e passam a questionar massivamente também a reforma da previdência, a MP 881 e as políticas que querem explorar até a última gota de suor dos trabalhadores, Bolsonaro e seu projeto entreguista de governo estariam perdidos.

É por isso também que Bolsonaro vem interferindo no processo de eleição de reitores de universidades federais, como a cearense UFCe e outras pelo país, atacando ainda mais a autonomia universitária. Seu objetivo é facilitar a adesão ao Future-se e impor a perseguição ao movimento estudantil, como vemos nas ameaças de reintegração de posse da reitoria ocupada por estudantes, funcionários e professores que denunciam a nomeação do reitor-interventor.

É nesse sentido que ontem a UFSC decretou em assembleia imensa greve de toda universidade, rejeitando o programa Future-se assim como várias outras universidades, mas é a primeira a decretar greve, se colocando na vanguarda de algo que pode se tornar um fenômeno nacional contra os planos de Bolsonaro e Weintraub para a educação.

A ANPG (Associação Nacional de Pós-Graduandos) é dirigida pelo PT e pelo PCdoB, assim como a UNE (União Nacional dos Estudantes), que dirige milhares de DCEs e CAs pelo Brasil. A política de ambas as entidades é a de completa adaptação às burocracias universitárias, como uma “oposição domesticada” do governo Bolsonaro, com calendários rotineiros e inofensivos que não expressam o que concretamente está acontecendo: a pesquisa está sendo destruída, a educação privatizada e algumas universidades terão que fechar suas portas! Onde estão os chamados de assembleias gerais e reuniões de base em cada curso para que o dia 7 de setembro não seja mais um de dispersão da força estudantil (como foi o dia 13 de agosto)? O que farão as direções do movimento estudantil e também as direções do movimento operário, como CUT, CTB (ambos também dirigidas por PT e PCdoB)? Deixarão passar os ataques sem possibilitar que a classe trabalhadora e a juventude se organizem para derrotá-los?

Por isso, é preciso unificar graduandos, pós-graduandos, de federais e estaduais, trabalhadores e professores de todo o país, e por isso nós da Juventude Faísca fazemos um chamado a que as correntes de oposição (PSOL, mas também PCR e PCB) às direções majoritárias da UNE e ANPG articulem uma coordenação nacional entre as universidades que saem à frente dessa batalha, na vanguarda de um movimento que pode se expandir nacionalmente. Fazemos também um chamado a que os DCEs e as entidades que querem lutar contra Bolsonaro exijam da direção da UNE e da ANPG que construam imediatamente assembleias de base, reuniões amplas, em todas as universidades, também exigir que as reitorias e as burocracias acadêmicas impulsionem medidas efetivas de mobilização, para colocar todo o aparato da universidade a serviço da mobilização contra os cortes, o Future-se e em unidade com os trabalhadores contra os ataques do governo.

Nós do Esquerda Diário e da Juventude Faísca expressamos toda a solidariedade e apoio à luta da UFSC. Defendemos as universidades e a ciência contra este projeto de precarização, de ataques aos trabalhadores e esse projeto de mais subordinação do Brasil ao imperialismo. As universidades são as que mais estão sofrendo com os cortes e isso atinge não só os estudantes, mas também os professores, a pesquisa, os trabalhadores efetivos e também os terceirizados, já muito precarizados, o que impacta na população de conjunto. Defendemos o fim dos cortes, do Future-se, dos ataques aos trabalhadores e da entrega dos nossos recursos à iniciativa privada e ao capital estrangeiro. Defendemos que a universidade esteja a serviço dos trabalhadores, dos estudantes e da população. Essa é a unidade que queremos.

 
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