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Emenda racista de deputado do PSL chama jovens infratores de "sementinhas do mal"
Redação

Referindo-se aos jovens egressos do Degase, que cumpriram as chamadas medidas sócio-educativas, Amorim chamou-os de "sementinhas do mal".

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O deputado estadual Rodrigo Amorim, conhecido por ter como objetivo ser o mais reacionário de toda a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, propôs uma emenda a um projeto relativo aos jovens infratores, no qual o único objetivo era demonstrar a falta de humanidade de deputado, assim como seu ódio aos mais pobres e à juventude negra.

O projeto de deputadas do PSOL previa a reserva de vagas em empregos públicos para jovens egressos do Degase. Até mesmo deputados do PSL apoiaram o projeto, e a Alerj espera que Witzel o sancione.

Na proposta de emenda, o deputado tentava modificar o nome do Programa Estadual de Aprendizagem. Na emenda, Rodrigo Amorim nomeou o projeto de “Programa Estadual de Aprendizagem de Jovens, Adolescentes e Sementinhas do Mal”. A emenda revela a pura falta de humanidade de Rodrigo Amorim, deputado que ficou conhecido por, ao lado de Witzel, quebrar a placa em homenagem a vereadora assassinada Marielle Franco, do PSOL, nas eleições de 2018. Amorim retirou a proposta de emenda e o projeto foi aprovado nesta quinta-feira.

O sistema prisional do Rio de Janeiro, inclusive o Degase que é ligado à Secretaria de Educação, são uma verdadeira demonstração do ódio dos políticos contra os mais pobres e a juventude negra. Nele, perecem centenas todos os anos por doenças, falta de alimentos e péssimas condições de higiene. Dos que lá estão, uma parcela imensa é de presos sem julgamento - realidade que no Brasil, chegou a 40% dos presos recentemente.

O contexto social destes jovens é o contexto da pobreza extrema, do desemprego e da repressão policial nas favelas aonde moram. O estado, que defende os interesses capitalistas, e por isso não oferece nem serviços públicos de qualidade e, pelo contrário, fornece aos empresários melhores meios de explorar a juventude pobre e negra, depois de reproduzir esta lógica, pune os jovens com o encarceramento, com as ditas balas "perdidas" que tem como alvo preferencial os mais pobres. Enquanto isso, os bandidos do colarinho branco seguem soltos, tem acesso privilegiado aos governantes, ganham de presente ainda a privatização das empresas públicas, a reforma da previdência, as reformas trabalhistas; uma série de privilégios para que nunca tenham que trabalhar e vivam do suor dos trabalhadores.

Rodrigo Amorim representa o mesmo que Witzel, uma política reacionária contra os pobres, liberando a ação de helicópteros da política atirando sobre as favelas, anunciando a perseguição aos direitos humanos, o gatilho fácil da polícia e as suspeitas de ligação com as milícias.

Sua polícia é a que mais assassinou nos últimos 20 anos, e dentre suas vítimas, consta crianças e até um bebê de 1 mês de idade.

Leia mais: Sangue jovem e negro escorre nas operações de polícia de Wilson Witzel no RJ

 
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