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GOVERNO BOLSONARO
Bolsonaro planeja nova reforma trabalhista com mais ataques para dividir trabalhadores
Redação

O governo Bolsonaro criou um grupo de trabalho com desembargadores, ministros e juízes sob comando de Paulo Guedes para propor uma nova reforma trabalhista. Como se não bastasse as reformas trabalhista do golpista Temer, a da previdência, a MP881 e todos os ataques do governo, está claro que para eles vale tudo para garantir os lucros dos patrões nos fazendo trabalhar até morrer sem nenhum direito.

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O grupo de ministros, desembargadores e juízes começa hoje (30) a planejar mais ataques, sob o comando de Paulo Guedes, a partir de uma iniciativa da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho. A medida é claramente para aprofundar os ataques feitos por Temer na reforma trabalhista de 2017 e as medidas da MP881 e avançar em pontos que tiveram maior resistência nesses momentos.

Com a justificativa de "ampliar mudanças na CLT (Consolidação de Leis do Trabalho)", que já passou por diversas mudanças no governo golpista de Temer, Bolsonaro agora deixa ainda mais explícito que veio para aprofundar esses ataques para descarregar a crise nas costas dos trabalhadores.

O número de processos trabalhistas em primeira instância recuou em junho pela primeira vez em 12 anos em menos de 1 milhão. Esse fato, no entanto, não se deu porque as condições de trabalho melhoraram, pelo contrário: enquanto os trabalhadores cada vez mais têm que se submeter a piores condições de trabalho, como rappi e uber, tiram também seus direitos básicos. A reforma de Temer, por exemplo, inseriu na lei o trabalho intermitente e impôs ao trabalhador, em caso de derrota, pagamento de custas do advogado do empregador. Essa política tem continuidade ainda mais brutal no governo Bolsonaro.

O novo grupo deve avançar em pontos que não ficaram fechados na reforma de 2017, como as regras para definição de indenização por danos morais, liberar empregado de bater ponto todos os dias, abrir agências bancárias aos sábados, além de propor novas mudanças, como o fim unicidade sindical, um ataque à organização dos trabalhadores para fragmentar e dividir ainda mais nossas forças, aprofundando a ofensiva contra os sindicatos desde o fim do imposto sindical.

Todos os analistas admitem que as medidas implementadas desde a reforma trabalhista não implicaram numa melhora na oferta de empregos, como era prometido, mas é com essa retórica que governo e capitalistas seguem querendo empurrar guela a baixo dos trabalhadores mais ataques. E a cada medida aprovada sem resistência, ficam mais fortes para retirar mais direitos.

A única forma de barrar essa série de ataques desse governo aos trabalhadores e à juventude pobre e impor uma saída para que os capitalistas paguem pela crise é com a aliança desses setores se mobilizando, indo às ruas e fazendo greves em todos os locais do país. Para isso é necessário que as maiores centrais sindicais com CUT e CTB e entidades estudantis como a UNE, que são dirigidas pelo PT e o PCdoB, organizem um plano de lutas contra todos os ataques ao trabalho, à educação e às nossas vidas, ao invés de apoiar a reforma da previdência como fizeram seus governadores no nordeste.

Com uma grande massa de desempregados e cada vez mais ataques aos direitos trabalhistas, as horas de trabalho deveriam ser repartidas entre toda a mão de obra disponível. Com essa divisão das horas de trabalho, sem redução dos salários, todos poderiam trabalhar por menos horas, não até a morte como quer Bolsonaro.

 
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