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POLUIÇÃO DAS ÁGUAS
Vazamento de óleo de refinaria da Petrobras polui área de mangue em Pernambuco
Redação

O vazamento que já alcança o mangue pernambucano é mais um crime ambiental, resultado do sucateamento da Petrobras, aprofundado pelo governo de Bolsonaro, com o objetivo de privatizar a empresa. Como no caso das queimadas na Amazônia que comoveram o país, os capitalistas destroem o meio ambiente com a conivência dos governos suas agências de fiscalização.

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Foto: água do mangue próximo à refinaria. Rogério Almeida/Cortesia.

Um novo vazamento, de 5.000 litros, foi registrado em empreendimentos da Petrobras nesta terça-feira, 27. Desta vez, na Refinaria Abreu e Lima, que fica no Complexo Industrial de Suape, em Pernambuco. Este vazamento ocorre um dia após o vazamento de um navio plataforma da multinacional japonesa Modec poluir com óleo a Bacia de Campos, no Rio de Janeiro.

Funcionários da estatal estão tentando controlar o incidente, mas o resíduo do processamento de petróleo já atinge a área de mangue e o mar que fica nas margens da refinaria. Enquanto isso, dentro da refinaria a produção – o que realmente importa para os acionistas – não parou.

Foto: caminhões tentam retirar óleo que vazou contaminando mangue. Reprodução/TV Globo.

Quem passa pela rodovia que leva ao empreendimento, e também à praia de Porto de Galinhas, pode ver caminhões tanque tentando retirar o óleo do local. Segundo a Agência Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco (CPRH), o óleo não é inflamável e está sendo contido pela Refinaria Abreu e Lima. Ainda de acordo com a agência, a refinaria instalou sete barreiras de contenção de óleo no mangue e vai tratar o material que está sendo recolhido pelos caminhões de sucção.

O Sindicato dos Petroleiros de Pernambuco (Sindipetro) afirma que as notícias sobre o vazamento vieram à tona a partir da noite desta segunda-feira, 26, mas podem ser fruto de um problema mais antigo: a falta de manutenção e a redução do quadro de pessoal da refinaria, que são resultado da redução orçamentária da Petrobras.

“Acidentes” como estes são parte do plano de sucateamento e privatização da Petrobras, para dar ainda mais impunidade aos capitalistas na exploração desenfreada dos trabalhadores e na destruição do meio ambiente, como vimos no crime da mineradora Vale em Mariana e Brumadinho, privatizada em 1997 por FHC.

Segundo o Sindipetro-PE, hoje somente um funcionário cuida da Estação de Tratamento de Detritos Industriais da refinaria, que recebe e trata o resíduo do processamento de petróleo para que somente água seja expelida para o meio ambiente, mas, desta vez, recebeu uma grande quantidade de óleo e não conseguiu contê-lo.

Ainda segundo o sindicato, o número de trabalhadores caiu de 220 para 170 nos últimos dois anos. Esse é o resultado das políticas de sucateamento e privatização da Petrobras, iniciadas por Temer e aprofundadas pelo governo de Bolsonaro, atendendo aos interesses dos capitalistas.

Desde Mariana e Brumadinho até a Amazônia, enquanto o Estado estiver sendo dirigido para atender aos interesses dos grandes empresários e do capital financeiro, o lucro dos capitalistas estará sempre à frente das demandas ambientais. Da mesma forma, os direitos dos trabalhadores e da população pobre seguirão sendo usurpados para garantir os lucros do capital.

Essa situação só pode ter resolução com a luta dos trabalhadores e da juventude junto aos povos indígenas e quilombolas, levantando um programa anticapitalista pela preservação ambiental e um desenvolvimento realmente sustentável.

Leia mais: Por uma saída revolucionária e anticapitalista diante da crise ambiental na Amazônia

 
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