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QUEIMADAS NA AMAZÔNIA
A luta em defesa da Amazônia precisa ser anticapitalista, diz Flávia Telles
Redação

Flávia Telles, da Faísca, falou ao Esquerda Diário sobre porque a luta pela preservação da Amazônia precisa ser uma luta anticapitalista.

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O mundo está estarrecido diante da bárbara destruição da Amazônia que aumentou exponencialmente nos oito meses do governo de Bolsonaro. Hoje em dia, qualquer um que tenha acesso mínimo a informação pode constatar que as queimadas que consomem a região amazônica não apenas expressam a perda irrecuperável de fauna e flora, destruindo o local com a maior biodiversidade do planeta, mas, ainda mais do que isso, são uma ameaça muito concreta ao futuro de todo o planeta tal como ele é, e à possibilidade da sobrevivência da espécie humana.

Por isso, para além da profunda indignação que todos sentimos diante da estupidez, a irracionalidade e do obscurantismo com que Bolsonaro autoriza a destruição da Amazônia para aumentar os lucros de um punhado de capitalistas, é preciso olharmos mais além e nos indignarmos com todo esse sistema econômico que governa nossas vidas e que conduz inevitavelmente a essa barbárie da qual Bolsonaro é apenas um representante extremo.

Temos visto muitas medidas e declarações de países como Alemanha e Noruega, que anunciaram o fim de suas doações milionárias ao fundo Amazônia em retaliação à política de Bolsonaro. Contudo, o que temos que saber é que os milhões depositados por esses e outros países imperialistas nesse fundo é como o patrão que esfola de trabalhar os funcionários de uma fábrica, ganhando milhões com sua exploração, e depois “alivia sua consciência” deixando uma caridosa esmola na Igreja ou em uma instituição de caridade. Para dar apenas um exemplo, enquanto a Noruega publicamente condena a devastação da Amazônia, a Yara, empresa estatal desse mesmo país que é a maior produtora de fertilizantes do mundo, extrai 25% de todo seu faturamento no Brasil, negociando com os mesmos latifundiários que estão acabando com as florestas.

O fato é que um sistema econômico que se baseia na propriedade privada e no lucro irrestrito de um punhado de parasitas em detrimento das necessidades de preservação do ambiente e da manutenção do planeta para o futuro de nossa espécie é um sistema fadado a perpetuar a nos conduzir a esse beco sem saída. Somente os verdadeiros interessados em preservar nossas condições de vida – e não em aumentar lucros – que são os trabalhadores, a juventude, os povos indígenas e todos os setores explorados e oprimidos, podem dar uma resposta efetiva a esse problema gravíssimo e mais do que urgente. A planificação da economia de acordo com as necessidades humanas e ambientais só pode ocorrer em uma sociedade onde nós decidamos o futuro, onde todo o desenvolvimento técnico e científico esteja pensado para atingir essas finalidades. Para isso, não há outra saída se não nos organizarmos para acabar de vez com o capitalismo. Ou nós o destruímos, ou este nos destruirá. É com essa perspectiva que nós do MRT e da Faísca nos somamos aos milhões de vozes que assinaram o abaixo-assinado contra a destruição da Amazônia, e estaremos nas ruas nessa sexta-feira, 23, para lutar contra esse governo, representante dos capitalistas e de seus interesses.

Veja declaração do MRT: Amazônia: É preciso dar um basta à sanha predatória de Bolsonaro e dos capitalistas

 
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