Do total de denúncias feitas pelas vítimas, 895 foram feitas por homens, 590 por pessoas que não chegaram a completar o ensino fundamental e 659 por pretos e pardos. Os dados denunciam a política de extermínio da população negra e pobre levada a cabo por Witzel, que constantemente dá declarações autoritárias e racistas, e cuja polícia matou 6 crianças em 5 dias em operações.
O mais recente disparate de Witzel veio durante uma entrevista para a atriz Antonia Fontenelle, onde afirmou que “vai matar” quem “sair de fuzil na rua” e chegou ainda a sugerir à população que substituísse a arma por uma bíblia. Witzel conscientemente ignora os assassinatos covardemente cometidos por sua polícia que mata inocentes diariamente, chegando a assassinar brutalmente um bebê de apenas um mês de vida que teve seu atendimento impedido.
Mesmo com o aumento de mortes de civis, Witzel se mostra irredutível em sua política de segurança. Em um evento na noite de quarta-feira no Palácio Solar do Jambeiro, em Niterói, manifestantes entraram entoando palavras de ordem pedindo pelo fim da violência policial que vitimizou seis jovens apenas nos últimos cinco dias: “tem que parar de matar aluno, governador!”. Os policiais expulsaram os manifestantes, e foram elogiados por Witzel que reiterou não retroceder: “É bom ele se render porque senão a gente vai continuar abatendo quem está de fuzil na mão"
O autoritarismo da polícia do Rio de Janeiro é apoiado não só pelo discurso do governador do estado como pelo próprio Bolsonaro, que chegou a exonerar todos os peritos do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura que monitora as violações de direitos humanos. O MNPCT, responsável por fazer estudos e relatórios sobre tratamentos desumanos cometidos em presídios e hospitais psiquiátricos, tem passado por um esvaziamento para que não seja mais capaz de exercer seu papel de denúncia de atrocidades cometidas em presídios, deixando claro que a já histórica conivência do Estado brasileiro com a tortura e os abusos por parte da polícia e demais instituições, como os manicômios, se agrava imensamente sob governos de extrema-direita como os de Witzel e Bolsonaro.
Bolsonaro quer acabar com os poucos e insuficientes órgãos que denunciam as práticas violentas e torturas cometidas em presídios. Assim como Bolsonaro, Witzel dá carta branca para os policiais assassinarem a população negra e pobre, utilizando os métodos mais cruéis de extermínio dos trabalhadores e da juventude.
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