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PREVIDENCIA
Maia, Alcolumbre, e governadores tramam para incluir estados e a capitalização na reforma
Redação

Tramam em segredo e tramam em público aumentar o ataque para incluir todo funcionalismo estadual e municipal bem como para aprovar a famigerada capitalização que será o efetivo extermínio de qualquer possibilidade de se aposentar.

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A violenta reforma da previdência foi aprovada em segundo turno na Câmara de Deputados e agora segue sua tramitação no Senado. Querendo cada vez mais aumentar os ataques aos trabalhadores e garantir mais e mais recursos para os capitalistas Maia, Alcolumbre, Guedes e os governadores tramam como incluir os Estados na ofensiva e ainda há claras ameaças de que podem tirar da cartola o sistema de capitalização que será a definitiva pá-de-cal às aposentadorias.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) ontem que em sua opinião “para que a reforma seja de todos os brasileiros, o Senado, como Casa da Federação, está comprometido em fazer desta reforma única que atenda a União, Estados e municípios”.

Não é segredo como há articulação para no dia seguinte a aprovação da reforma no Senado que seja votada uma “outra PEC” que estenda o ataque à cada professor, trabalhador da saúde e demais categorias estaduais e municipais. Não é segredo que Bolsonaro deixará de fora sua base dura de votos – e margem de manobra repressiva – as assassinas polícias do país, que estão batendo recorde de letalidade, quase sempre racista.

Maia, sem esconder a negociata afirma que pode ser que nessa outra PEC entre o sistema de capitalização, ou seja, aquele sistema onde cada pessoa se aposenta com o que contribuir, como numa poupança. Dados os miseráveis salários, o elevado desemprego, altíssima rotatividade isso significará que nenhum trabalhador terá poupança alguma, e assim definitivamente trabalhará até morrer.

Essas duas propostas tem dois objetivos expressos: aumentar o rol de atacados pela reforma e assim contribuir a rebaixamento dos salários de toda a nação (mais gente concorrendo por emprego por mais anos) e liberar mais recursos ao sistema financeiros e aos capitalistas donos da ilegal, ilegítima e fraudulenta dívida pública. O sistema de capitalização é particularmente cobiçado pelos bancos, ele embute uma necessidade de milhões de brasileiros criarem forçadamente uma poupança, retirando de salários miseráveis uma parcela com a promessa de receber algo daqui a décadas, e até lá, ano a ano os bancos poderão ir lucrando cada vez mais.
Essa negociata também conta com as mãos dos governadores. Não é segredo como os governadores do nordeste, notadamente do PT e PCdoB trabalham sem descanso pela inclusão dos estados no ataque, querendo assim passar ao Congresso a fatura de um ataque que eles desejam. Também não é segredo, como foi estampado por tantos jornais, como os direitistas Doria (PSDB-SP) e Caiado (DEM-GO) tem percorrido a Câmara e Senado fazendo contas de deputados e senadores para articular essa inclusão dos estados.

A burguesia está confiante para iniciar novas tramoias contra os direitos dos trabalhadores graças a uma conjuntura marcada pela conivência das direções sindicais e políticas do país que tem permitido que a reforma esteja sendo votada sem resistência. As centrais incluíram em seu calendário um “dia de luta” semana que vem, dia 13, data que está sendo capitaneada pela UNE e CTB.

Temos poucos dias para tornar esse dia um dia decisivo, e a força da juventude pode ser o que abale esse pacto de conivência com o ataque. Para isso é preciso que ocorram milhares de assembleias pelo país, é preciso que cada escola, universidade, local de trabalho assuma em suas mãos uma mobilização nesta data – como parte de um plano de conjunto- unindo a raiva contra os cada dia maiores cortes e ataques à educação com a luta contra a reforma da previdência e cada novo autoritarismo de Bolsonaro, Moro e do judiciário em suas mais diversas alas.

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