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TORTURA
Legitimados pelas declarações de Bolsonaro, PMs torturam jovem negro vulnerável no Chapadão
Redação

Numa operação militar no Complexo do Chapadão no mês de Julho, policiais invadiram casas de moradores e em numa dessas invasões, policiais encontraram um jovem dormindo que sofria de esquizofrenia. A polícia o acordou a base de agressões e chicotadas, a fim de saber se bandidos haviam passado por sua casa.

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Segundo o relato do irmão do jovem que sofreu os açoites, os policias tinham a intenção de enforcar seu irmão, mas o fio não tinha tamanho suficiente para isso, a polícia então torturou o jovem com várias chicotadas nas costas e quebraram tudo que havia dentro de sua casa. O próprio irmão registrou a denúncia na 31ª D.P., as torturas e a invasão da casa do jovem negro sem mandato, ocorreram em 26 de Julho e só foi noticiado na imprensa durante a primeira semana desse mês.

As marcas de tortura por parte da policia deixaram marcas profundas não apenas nas costas do jovem, mas também em toda família. Segundo o depoimento do irmão, eles deixaram a favela onde moravam por medo e ficaram extremamente tristes pela brutal violência por parte da polícia.

A polícia militar de Witzel mostrou mais uma vez seu caráter violento e racista contra moradores pobres e negros na favela do Chapadão. Uma crueldade como essa, que só aconteceu porque o jovem é negro, pobre e morador de favela. Ações brutalmente violentas por parte da polícia tem o aval do governador do Estado do Rio de Janeiro, que já declarou abertamente seu ódio e sede por sangue negro, quando defendeu jogar um míssil em favelas e que policiais deveriam mirar na “cabecinha” e atirar. Essa realidade de violência e mortes aos negros é parte da política racista e de extermínio do Witzel que também encontra respaldo político em Bolsonaro e Moro que querem intensificar ainda mais os assassinatos de negros em favelas com o pacote anti-crime.

Essa polícia que torturou o jovem, por não conseguir obter as informações que queriam por conta de sua limitação, é a mesma polícia que entra na favela e mata trabalhador inocente, como o professor de jiu-jítsu Jean Rodrigo no Complexo do Alemão. É a mesma polícia que entra na favela em horário de aula atirando, como foi em Triagem com a morte de Jennifer, uma criança de onze anos. Essa é mesma polícia que defendem figuras da extrema direita como Witzel e Bolsonaro, que estão a serviço do extermínio e da precarização da vida e do futuro dos jovens e trabalhadores.

Basta de violência contra os negros, basta de assassinatos dentro das favelas pela mão da polícia. Basta dessa política racista e de extermínio de Witzel. Toda solidariedade ao jovem torturado e sua família.

 
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