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Doria entrega à Polícia Militar de São Paulo reforço para que continue sendo a mais letal do mundo
Redação

Nesta sexta-feira (2) o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), em cerimônia realizada no Sambódromo do Anhembi, entregou 1.634 viaturas com uma nova “roupagem” para que sigam com uma velha prática, a de repressão e de assassinatos, tão conhecida pela população pobre, jovens, negros e LGBT’s.

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A Polícia Militar está bem longe de ser uma instituição que preza por uma conduta pacificadora, ela não se constitui para isso e se mantém às custas de muito sangue derramado, mas segundo João Dória, a nova “roupagem” das viaturas tem essa intenção, ele disse: “Estamos usando mais branco, que é a cor da paz, da polícia pacificadora, que nos protege”. Com um discurso raso e populista, ele se abstém de tocar em questões estruturais que envolvem toda problemática a respeito da segurança pública e perpetua uma situação que nos leva a índices alarmantes de mortes provocadas pela atuação da Polícia Militar. O governador/empresário/gestor segue com sua postura de fomentar mais violência para combater mazelas sociais geradas por questões econômicas estruturantes de um sistema excludente e autoritário.
De organizações de defesa aos direitos humanos até as comissões estatais e organismos da própria polícia, diversas fontes embasam os índices de violência policial em São Paulo (e no Brasil como um todo). Os números são alarmantes e podem ser comparados com índices de países inteiros que compõe listas dos mais violentos do mundo em relação à letalidade policial, conforme o 10º Anuário Brasileiro de Segurança Pública publicado em 2016, e que de lá para cá, nos últimos três anos só avança com números ainda mais preocupantes que são materializados com essa política de segurança pública genocida.

O prefeito da capital paulista, Bruno Covas, grande conhecido dos indignados professores e estudantes paulistanos por sua postura repressora, estava presente e claro, alinhado com o discurso, se beneficiará com mais 345 viaturas para defender seus interesses e o dos milionários da cidade, capital econômica do país. No total foram entregues 1.226 carros, 300 motos e 148 bases móveis. Doria ainda vê vantagem no fato das viaturas “ao invés de serem pintadas, as viaturas são adesivadas, o que valoriza e facilita a recuperação e troca de adesivagem, se necessário. Ganhamos dois dias no tempo de recuperação (em caso de acidentes ou danos) ”, ou seja, ganham em agilidade para voltar a atacar e matar a população das camadas empobrecidas da sociedade que são esquecidas pelo Estado. De acordo com o governador, foram gastos cerca de R$122,9 milhões para aquisição dos novos veículos. Outras 62 viaturas, com o custo de R$14,8 milhões, foram entregues ao Corpo de Bombeiros.

Doria segue os passos de Bolsonaro e Moro, que através do “pacote anticrime” apresentado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública defendem a ampliação do excludente de ilicitude, para que a polícia mais assassina do mundo tenha ainda mais apoio nas leis vigentes para matar, estando autorizados a apertar o gatilho de suas armas alegando “medo, surpresa ou violenta emoção”, e no caso específico de São Paulo com um aporte de quase duas mil novas unidades móveis de repressão, ferramentas que essencialmente produzirão ainda mais violência.

 
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