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BRUMADINHO
Já passaram 6 meses após a tragédia em Brumadinho e Vale segue impune
Redação

No dia de hoje (25), a tragédia de Brumadinho completa 6 meses. Metade de um ano de um dia trágico no qual rejeitos da mineração levava vidas e a biodiversidade da região e as consequências ainda são (e continuarão sendo) sentidas. Foram, até o momento, 248 mortos confirmados e 22 pessoas desaparecidas.

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Ontem (24) foi apresentado um balanço sobre as investigações, que ainda não foram concluídas. Segundo o procurador-geral da justiça do Ministério Público de Minas Gerais, órgão que realiza a força tarefa, há “provas seguras” de que a Vale estava ciente dos riscos na estrutura. Uma tragédia desse nível, que já revolta por mostrar como nossas vidas não são valorizadas dentro desse sistema, se torna ainda mais grave quando se tem a confirmação de que a mineradora sabia da possibilidade de ocorrer tal fatalidade e não tomou providências.

Numa sede por lucro, empresas extraem tudo que se tem de recursos naturais neste país e tratam a vida de centenas de trabalhadores como se não fossem importantes, como se fossem apenas números. O cenário que ficou de Brumadinho é de muita dor das famílias que perderam seus entes queridos e muita indignação por não ter a devida responsabilização da empresa, que também é protegida pelo governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) que apela ao cúmulo de chamar esse crime capitalista de “incidente”.

A Vale pagou pequenas multas e vem atrasando o pagamento das indenizações de Brumadinho. Ainda se estima um prazo de 90 dias para que se conclua integralmente a responsabilização da empresa (nos termos da justiça burguesa), além de seguir impune também pelo crime de 2015 em Mariana e manter seus lucros exorbitantes.

Não bastando, a Vale ainda está entre as grandes empresas e multinacionais que devem – juntas - cerca de meio trilhão de reais para a Previdência Social, enquanto a Reforma da Previdência está sendo aprovada para fazer com que a população pobre pague com suas aposentadorias por uma crise que ela não gerou.

Essa e outras tragédias capitalistas mostram como esse sistema reserva miséria, mortes e injustiças para a classe trabalhadora, além da destruição do meio ambiente. Os riscos de outros rompimentos já assustam a população e já fizeram cidades ser evacuadas. A única saída coerente para a Vale é sua re-estatização, com gestão pelos trabalhadores e controle popular, além de representantes ambientalistas eleitos nas universidades e comunidades, como um meio de transição entre a forma atual da mineração predatória para uma outra na qual a extração de recursos para a existência humana não seja insustentável, maneira que só será verdadeiramente possível em um outro sistema de produção, no qual não exista uma minoria parasitária explorando as massas.

 
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