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REFORMA DA PREIVIDÊNCIA
Que futuro podemos esperar para juventude com a aprovação da reforma da Previdência?
Redação

Entre o grande grupo de desempregados na crise brasileira - e mundial - a juventude é a mais afetada, sem direito a um trabalho digno e à educação de qualidade, jovens do país com a reforma previdência vêem o governo entregar suas aposentadorias ao capitalistas.

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Em uma geração que recebe toda a crise econômica mundial nas costas, particularmente em países periféricos como Brasil, Argentina e África do Sul, a situação que o capitalismo reserva para essa juventude é a superexploração da sua força de trabalho e nenhuma visão de um dia se aposentar. O governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro que nega a fome no Brasil, reserva à nossa juventude, a continuação da superexploração sem nenhum direito à educação de qualidade.

No geral, de acordo com dados do IBGE, os jovens encaram um desemprego de 27% entre aqueles com até 24 anos. Se aumentarmos a amostra, fica ainda mais alarmante: De cada 10 desempregados, cerca de 5,4 são jovens de 14 à 29 anos, ou seja, estatisticamente, mais da metade encara as consequências de investidores e especuladores que sentem “desconfiança” com a economia brasileira. Como escrevemos aqui.

O texto da reforma aprovada na câmara, que tem apoio até de setores da oposição, como os governadores do PT e PCdoB, tem no seu ponto principal o aumento do tempo de contribuição, de no mínimo 20 anos para aposentadoria, isso se alcançar os 65 anos de idade para os homens e 62 para mulheres. Uma aposentadoria integral, ou seja, uma média de todas as suas contribuições - antes era uma média de 80% das suas maiores contribuições, assim contando todas as contribuições a média cai a valores absurdos - somente com 40 anos completos, assim podendo receber o teto do INSS atual.

Leia mais: Reforma da previdência e a mais-valia relativa

Numa juventude que tem que pedalar para ganhar míseros R$1,50 por entrega, onde as relações de trabalho são escondidas por algoritmos, no caso dos aplicativos, ou fantasiadas pela multifunção que um mesmo trabalhador pode ter e também pelo seu ambiente de trabalho[1], chegar aos 65 anos e contribuir por 40 ou até mesmo 20 anos ininterruptos, pode ser cada vez mais difícil, num sistema que não garante saúde pública de qualidade e nem estabilidade trabalhista, passar um dia sem trabalhar pode custar o seu emprego ou significa não ganhar dinheiro.

Leia mais: As violentas medidas da reforma da previdência aumentam desigualdades]

Maia e Bolsonaro querem acabar com a aposentadoria brasileira e manter seus privilégios e dos capitalistas; a juventude não deve ter um pingo de confiança nas suas propagandas mentirosas. Seus aliados, como o jornal O Globo, dizem em suas manchetes que a reforma da previdência vai criar empregos, ou salvar o país da crise, enquanto isso seus analistas e jornais especializados escrevem que só ela não significa nada a curto prazo e a longo prazo é incerta[2]. Assim como foi com o impeachment, com o teto de gastos, com a reforma trabalhista, o Estado e a imprensa burguesa anunciavam uma melhora na economia com cada um desses ataques.

Enquanto isso a realidade brasileira de crise, reserva à juventude, especialmente a negra, às mulheres e aos LGBT’s, trabalhos terceirizados, aplicativos de entrega e todos os tipos de bicos legalizados. Trabalhos que de nenhuma forma o empresário paga a aposentadoria ou dá qualquer direito ao jovem trabalhador, na verdade o faz escolher entre comer hoje ou se aposentar amanhã.

Essa é uma crise que eles criaram e que a juventude e conjunto da classe trabalhadora vem pagando a cada dia pelos mecanismo fraudulentos da dívida pública. Se o governo e seus amigos empresários, justificam esse ataques diários do capitalismo para manter esse pagamento ilegítimo, por que não levantar o não pagamento da dívida conformando uma força anti-imperialista que também levante a repartição das horas de trabalho entre empregados e desempregados sem diminuição dos salários e garantindo o salário mínimo do DIEESE? Frente à política das centrais e da UNE, que separam nossa luta, essas são medidas que passam pela unificação contra todos os ataques, contra a reforma e contra o Future-se, que unam a juventude com o conjunto da classe trabalhadora, assim podendo esbravejar a célebre frase do Maio de 68 francês: “Trabalhadores, tomem de nossas frágeis mãos nossas bandeiras de luta”.

[1]http://www.esquerdadiario.com.br/O-jovem-microempreendedor-de-bicicleta-e-celular?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=Newsletter

[2]http://www.esquerdadiario.com.br/Manchete-vs-letras-miudas-a-mentira-do-renascimento-economico-com-a-Reforma-da-Previdencia

 
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