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MILITARES NA POLÍTICA
PM amigo da família Bolsonaro assume Secretaria-Geral da Presidência
Redação

Após mudanças na pasta, Jorge Francisco de Oliveira, PM da reserva, assume cargo deixado pelo general Floriano Peixoto, transferido para presidir os Correios

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Foto: Antônio Cruz/ Agência Brasil

Se confirmou hoje (21/06) que o PM da reserva Jorge Francisco de Oliveira será o novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência. Ele ocupa o cargo do general Floriano Peixoto que foi transferido ontem (20/06) para o comando dos Correios, depois da demissão do general Juarez Cunha da presidência da estatal.

Bolsonaro declarou que Oliveira o acompanha “há mais de 10 anos, 15 anos”, e que tem “plena confiança no trabalho dele, como tínhamos no do Floriano”. Oliveira, advogado e policial militar da reserva, foi assessor do deputado Eduardo Bolsonaro na Câmara. O pai de Oliveira também já havia assessorado o presidente Bolsonaro por mais de 20 anos quando era deputado, o que demonstra uma longa relação entre as duas famílias.

A pasta da Secretaria-Geral da Presidência passa por sua segunda troca desde a posse de Bolsonaro: Gustavo Bebianno, ex-presidente do PSL, foi demitido em fevereiro após uma série de reportagens da Folha denunciar um esquema de candidaturas-laranja de mulheres que receberam verbas públicas sem que tivessem realizado campanha. À época presidente nacional do PSL e coordenador de campanha de Bolsonaro, Bebianno liberou R$250 mil de verba pública para campanha de uma ex-acessora, que repassou uma parte do dinheiro para uma gráfica sem maquinário de impressão em massa e registrada em endereço de fachada.

A Secretaria-Geral da Presidência passou por mudanças recentes (14/06), junto a outras duas pastas (Casa Civil e Secretaria de Governo), através de uma medida provisória de Bolsonaro. Agora, a pasta tem em seu comando a Subchefia de Assuntos Jurídicos (SAJ) e a imprensa nacional (responsável, entre outras coisas, pela publicação do Diário Oficial).

O nome de Oliveira foi anunciado após uma reunião entre Bolsonaro, o porta-voz do governo Otávio do Rêgo Barros e outros auxiliares. Rogério Marinho, secretário de Previdência e Trabalho, estava entre os nomes cotados pela equipe econômica comandada pelo ministro Paulo Guedes para assumir o cargo, no entanto Bolsonaro disse que Marinho “mora em seu coração” mas que no momento não via espaço para ele no Planalto.

A transferência do general Floriano para a presidência dos Correios representa um rebaixamento para o general, que agora se vincula pela estatal ao ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações Marcos Pontes.

O presidente reacionário sempre deixou muito explícito como é um herdeiro ditadura militar, reinvindicando esse período que foi a causa de absurdas mortes, torturas e perseguições políticas. Não a toa hoje Bolsonaro tanto se esforça para colocar militares como reitores das universidades e cada vez mais ditando a política. A verdade é que apesar de ter um discurso de que ele é diferente, cada ação está à serviço de um único projeto dos patrões e grandes empresários de descarregar a crise nas costas dos trabalhadores e do povo pobre, para o qual os militares se colocam como sujeitos, atuando para levar em frente um plano privatizante de submissão ao capital estrangeiro.

A política de Bolsonaro junto com os militares e ultra neoliberais como Paulo Guedes só reserva a miséria para o futuro da maioria da população pobre, com desemprego, trabalho precário e reformas que vão rifar nosso direito de se aposentar. Enquanto isso, a disposição de luta da juventude e dos trabalhadores organizados já ficou muito explícita com as manifestações que tiveram dia 15 e 30 de maio e no dia 14 de junho. Essa energia, no entanto, não pode se dissipar e, para isso, é preciso que as centrais sindicais como CUT e CTB, junto com a UNE, ambas dirigidas pelo PT e PCdoB, parem de negociar uma reforma da previdência "alternativa’ com Rodrigo Maia e convoquem já um plano de lutas para derrubar esse projeto de governo contra a juventude e os trabalhadores.

 
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