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CAMPINA GRANDE (PB)
Bancários, metalúrgicos, transporte, professores e comércio deliberam paralisar na greve do 14 J contra a reforma da previdência
Gonzalo Adrian Rojas

Diferentes categorias de trabalhadores da cidade de Campina Grande (PB) deliberaram paralisar suas atividades na greve do 14 J.

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Bancários e professores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) deliberaram em assembleias realizadas na terça-feira, 11 de junho, da mesma forma que professores da Universidade Federal de Campina Grande (UFPB) e do Instituto Federal da Paraíba (IFPB) haviam deliberado dias antes. Metalúrgicos e comerciários, assim como professores do ensino básico e da rede privada também.

Este conjunto de informações foram apresentadas no marco de uma plenária de professores, estudantes, servidores técnico administrativos e trabalhadores terceirizados da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) realizada nesta quarta-feira, 12 de junho, onde também deliberou-se de que forma participar ativamente na greve do 14 J.

Na quinta-feira, 13 de junho, ás 18 h, na sede da Associação dos Docentes da Universidade Estadual da Paraíba (ADUEPB) será realizada uma nova reunião organizativa de todos os sindicatos, partidos e movimentos sociais da cidade que são contra a Reforma da Previdência. Nossa posição é clara, defendemos a frente única na luta que deve ser realizada enquanto propomos um programa para que sejam os capitalistas que paguem pela crise, iniciando pelo não pagamento da dívida pública.

A decisão política dos trabalhadores do setor de serviços é garantir as condições de paralisar o transporte desde às 00:00 h do dia 14 J, da mesma forma que paralisar o comércio durante todo o dia. A comunidade educativa da UFCG deliberou se concentrar em massa às 07:00 h da manhã na Praça da Bandeira participando de forma ativa e garantir a greve.

Na plenária foi realizado uma análise de conjuntura e desde Esquerda Diário impulsionado pelo Movimento Revolucionário dos Trabalhadores (MRT) realizamos uma intervenção política onde avançamos em caraterização do atual momento da crise no Brasil que se aprofunda com o “Moro-gate”, após esse momento deliberou-se sobre conclusões organizativas.

Nosso eixo foi expor que o Moro-gate na verdade reembaralha as cartas da política nacional no marco de uma disputa entre diferentes atores do regime político, que se expressa na luta interburguesa entre os partidários de um Bonapartismo Imperial e aqueles partidários de um Bonapartismo Institucional.

Acrescentamos que um milhão de pessoas nas ruas em todo o Brasil no 15M, e mesmo que em menor medida uma forte mobilização no 30 M, contra os cortes na educação, mas articulado a luta contra a reforma da previdência, representou a entrada em cena do movimento de massas.

Por sua vez, o governo Bolsonaro com a mobilização de seus defensores no 26 M tentou através dessa sair do isolamento político em que se encontrava na superestrutura política do golpe institucional. No marco desta disputa interburguesa entendemos que expressariam um bonapartismo imperial, Bolsonaro e sua família também junto a Moro e os partidários de um bonapartismo institucional, tem em Rodrigo Maia como seu principal articulador.

Explicamos que as relações de forças não se esgotam pela luta entre frações do regime, um regime que consideramos em ponto de mutação e que mesmo tendo acordo entre as diferentes frações com a reforma da previdência, estão divididos em relação ao tipo de regime político no país.

Na linha apresentada pelo Editorial do Esquerda Diário de segunda-feira, 11 de junho, pós “Moro-gate”, numeramos umas cinco consequências:

1) Isto foi um duro golpe a Bolsonaro;
2) Apresenta as possibilidades de um enfraquecimento da Lava-Jato
3) O PT aparece como um grande vencedor e Lula relegitimado
4) O Centrão nesta perspectiva também se fortalece
5) Podem existir alterações no ritmo de tratamento da reforma da previdência.

Recomendamos a leitura atenta do mencionado editorial escrita por André Augusto Acier que desenvolve em detalhe esta caraterização geral

Concluímos expressando que desde Esquerda Diário exigimos que as centrais sindicais parem de negociar a Reforma da Previdência com o Centrão e Bolsonaro e se continue com um plano de luta, ao mesmo tempo que denunciamos aos governadores do Nordeste (tanto do PT e do PCdoB, quanto do PSB) que estão negociando a implementação da reforma do governo em seus estados. Precisamos de uma política de independência de classe para derrubar a reforma da previdência (não para negociar uma "alternativa"), derrotar os ataques de Bolsonaro, Maia e o STF e impor que sejam os capitalistas que paguem pela crise.

 
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