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ATAQUES A EDUCAÇÃO RJ
Secretário Pedro Fernandes está conduzindo os ataques a educação no governo Witzel
Nossa Classe Educação - Rio de Janeiro

Prosseguindo com a ofensiva contra a educação pública, o secretário estadual de educação Pedro Fernandes anunciou de forma completamente cínica que irá fechar 190 turmas, e em troca irá oferecer R$ 50,00 em um voucher de livros na Bienal. Governo do estado já fechou dez escolas neste ano, e prossegue sendo uma continuidade ainda pior dos ataques que o estado já vinha sofrendo antes.

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No início do ano quando a SEEDUC deixou 20 mil alunos sem matrícula e o secretário propôs que o estado pagaria escolas particulares, já se desenha que Fernandes seria a continuidade de todos os ataques que vinham acontecendo nos governos anteriores, que chegaram a fechar mais de 200 escolas entre 2010 e 2018 e que somente entre 2016 e 2018 fecharam mais de 2000 turmas de ensino médio. E mesmo em meio a essa gigantesca operação de desmonte da escola pública, e ocupando cargo de secretário no governo do reacionário Wilson Witzel, que defende o extermínio da população pobre e negra das periferias, o ex-candidato a governador pelo PDT vinha tentando investir na sua imagem.

No entanto, a realidade se impõe e a mascara caiu. No dia 27 de Maio de 2019 foi publicada no diário oficial do estado do Rio de Janeiro uma sequencia de resoluções, extinguido 10 escolas estaduais espalhadas em diversas regiões. A notícia quase passou despercebida nos noticiários, enquanto o secretário Pedro Fernandes aparecia de surpresa em diversas outras escolas, promovendo uma espécie de campanha de marketing pessoal misturada com uma “blitz” nas escolas, cercado de seguranças intimidadores e sem abertura para ouvir pautas dos estudantes, professores ou funcionários. Logo em seguida realizou o infame “feirão da GLP”, onde prometia acabar com o problema da carência nas turmas sem professores as custas da sobrecarga dos professores.

Nesta semana, o secretário prosseguiu na ofensiva e declarou que 190 turmas serão fechadas, de forma totalmente arbitrária, alegando que haveriam muitas “turmas sem alunos matriculados”, e que “nem um aluno ficaria sem sala de aula”. E logo em seguida, fez a cínica afirmação que para compensar, com a economia das turmas fechadas, cada aluno receberia um voucher de R$ 50,00 para ser usado na Bienal do livro, evento que ocorre na capital do estado. Ao que parece, no atual governo do Estado do Rio de Janeiro, a concepção de uma “boa educação” é ter o maior número possível de alunos por metro quadrado, estudando com livros doados, com um professor só para todas as disciplinas, trabalhando 60h por semana, e toda manutenção sendo feita por voluntários.

O estado do Rio de Janeiro tem um governo que não mede esforços para investir em armamento de ponta que será usado contra a própria população, com o próprio governador elogiando assassinos e legitimando chacinas, enquanto escolas são fechadas e os professores, que estão com salário congelado a cinco anos, são ameaçados pelo projeto do escola sem partido. Por isso é preciso fortalecer a resistência de estudantes e professores, que tomaram as ruas nos dias 15 e 30 de Maio, contra os cortes a educação e também contra a reforma da previdência.
É preciso que o SEPE, o maior de sindicato de professores do estado, rompa com seu impasse, e acompanhe os professores que já estão marchando lado a lado com estudantes. É preciso chamar assembleias amplas onde a luta possa ser organizada desde a base, potencializando ao máximo o ímpeto daqueles que estão dispostos a lutar contra esse governo.

Agora, mais do que nunca, o PSOL pode cumprir um papel importantíssimo, desde que abandone a lógica de deslocar a luta para o plano parlamentar, seguindo o PT e os partidos burgueses no caminho da conciliação de classes. Com o peso que o partido têm junto a população do Rio de Janeiro, especialmente na juventude, é possível convocar amplos setores a participarem nas ruas da luta contra todos os ataques a população e incendiar a classe trabalhadora contra o pacto daqueles que desejam fazer a população pagar pela crise.

 
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