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Professores com licença saúde são perseguidos, ameaçados e demitidos pelo governo Leite no RS
Redação Rio Grande do Sul

Professores contratados organizaram-se em um Comitê Estadual e foram até a ALERGS segunda-feira 3/6, exigir seus direitos. Eduardo Leite deu ordens à SEDUC de demissão sumária aos contratados que tirarem licença por mais 15 dias, não importando a gravidade do quadro de saúde do educador.

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O Comitê dos Educadores Contratados do Estado dirigiu-se à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa nesta segunda-feira (3) com diversos professores e professoras de laudo e, junto, estavam pais de alunos que estão indignados com o caso da professora com câncer que está sendo ameaçada de ser demitida. Gravaram um vídeo. Vários professores já foram demitidos por estarem doentes, existe uma lista no Diário Oficial do Estado que comprova isso.

A professora que aparece no vídeo da pagina do 20° núcleo do CPERS (https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=583510538803335&id=208366479651078), está há 9 anos nesse regime precarizado, adoeceu, está com câncer e faz quimioterapia de 21 em 21 dias, como ela mesma afirma no vídeo. Existe uma solidariedade enorme em torno dela, alunos, colegas e pais de alunos a acompanharam na câmara estadual, mas as ordens de Eduardo Leite para a SEDUC são impiedosas, ele representa os interesses dos ricos. Esse governo, assim como em Brasília, trata cada trabalhador e trabalhadora como um número ferindo gravemente direitos humanos e trabalhistas básicos.

Alem disso, faltam cerca de 866 professores nas escolas gaúchas. Durante anos, a promessa foi de realizar novos concursos públicos, porém, nunca se realizou concursos suficientes para suprir o quadro docente do Estado. Os governos anteriores, assim como este, preferiu manter contratos precarizados com os professores para não ter que pagar por um plano de carreira e direitos básicos de qualquer profissão digna. Agora Eduardo Leite vem numa ofensiva precarizando ainda mais os contratos ditos emergenciais. Quer renovar a cada ano os contratos para não pagar os salários de janeiro e fevereiro dos professores. O problema é que essas emergências de faltas de professores, supridas por docentes que esperam a abertura de concurso público, duram décadas. É necessário lutar pela efetivação de todos os contratados, sem necessidade de concurso, com todos os direitos dos professores concursados, pelo fim destes contratos precários e desumanos, além da abertura de novos concursos para suprir o quadro.

Alinhado com Bolsonaro, Leite está do lado dos patrões, banqueiros e toda corja de investidores internacionais, para nos vender como a carne mais barata do mercado. Está na hora de nos erguermos construindo uma mobilização como nunca antes se viu, não só para defender nossos direitos, mas para defender nossas vidas, as vidas dos nossos colegas adoecidos e dos nossos alunos.

Nossas vidas valem mais que o lucro deles. Só conseguiremos mostrar isso nas ruas, buscando aliança com toda a classe trabalhadora que tem seus filhos e parentes matriculados na escola pública estadual. Dia 15M a juventude tomou as ruas do país contra os cortes do MEC e contra a reforma da previdência, numa paralisação nacional da educação que só não foi ainda maior porque as centrais sindicais não chamaram greve geral para este dia. Dia 30 novamente, a juventude estudantil tomou as ruas e só não foi mais forte por conta da burocracia estudantil e sindical que não antecipou a greve geral para esse dia sob o pretexto de tudo ser um "aquece" para o grande dia 14J. A própria CNTE, assim como o CPERS aqui no sul, se limitaram a dar um apoio meramente moral para os estudantes no dia 30, não chamaram assembleia para parar junto com a juventude, chamaram os professores para um dia de negociação com o governo que seria dia 27M, negociação que sequer aconteceu, e chamaram a paralisar dia 3, um dia após o não pagamento do salário como havia sido votado em assembleia dia 12 de abril, mas a unidade não passou do discurso, mesmo com diversas escolas parando por conta e aderindo ao dia 30 de maio. Visivelmente as burocracias sindicais tentam separar a juventude dos trabalhadores da educação e dos demais trabalhadores, porque sabem a receita explosiva que é essa unidade.

Dia 14 de junho é preciso mostrar quem tudo produz neste país, parar tudo contra a reforma da previdência e todo o conjunto dos ataques à nossa classe. É preciso organizar assembleias em cada local de trabalho e estudo, eleger delegados em cada local e tomar essa luta em nossas mãos, sem esperar pelas burocracias das direções sindicais que querem negociar com Rodrigo Maia nossas vidas e por isso dividem as lutas. Somente assim o dia 14J será ainda maior. Seremos nós ou eles a pagar por essa crise! Que sejam eles!

 
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