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PREVIDÊNCIA
Do PSL ao PSDB ao PT, governadores irão à Brasília dizer amém à Reforma da Previdência
Redação

Na véspera da greve geral de 14 de junho os governadores darão juntos seu aval ao pacto pelo ataque a aposentadoria. Os conflitos no regime permanecem mas mostram união para subtrair direitos dos trabalhadores. A luta de classes pode reabrir esses conflitos e impedir toda Reforma da Previdência.

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Na véspera da greve geral de 14 de junho os governadores darão juntos seu aval ao pacto pelo ataque a aposentadoria. Tal como fizeram Rodrigo Maia, e Dias Toffoli, os governadores deixarão de lado as batalhas na luta por espaço em um regime em ponto de mutação, para juntos de Guedes e Bolsonaro aprovarem a reforma, garantidas algumas modificações. Essa união em meio a seu conflito político ilustra como as diferentes alas do regime compactuam interesses em meio a seu medo comum à luta de classes.

Os capitalistas que se beneficiarão com a reforma da previdência clamam por mais que os R$ 1,2 trilhão prometidos por Bolsonaro e Guedes. Querem abocanhar também parte dos orçamentos estaduais e municipais. Interesses políticos divergentes dificultam essa operação, como analisamos aqui, porém os governadores se organizam para dar seu aval a reforma e estender todos tapetes vermelhos que a Bovespa e Wall Street pedirem.

Este aval deve acontecer em formato de uma declaração unitária no dia 11 de junho. Nesta declaração está previsto que retirem alguns pontos da reforma, como o ataque ao BPC, mas que mantenham sua convergência fundamental: que sejam os trabalhadores a pagarem pela crise. Essa é a posição firme de governadores como Doria, Witzel, Leite, mas também é uma posição dos governadores do PT e do PCdoB, constatação feita e reivindicada até por Bolsonaro.

Até a entrada em cena da juventude no dia 15 de maio não havia pacto sendo costurado. Os interesses de fração se sobrepunham aos de classe. Com o medo comum de que a atuação da juventude possa eletrificar a classe trabalhadora surgiu o pacto de Toffoli-Maia-Bolsonaro. Mas os conflitos de fração persistem. A Câmara segue avançando sobre atribuições do Executivo, como no orçamento impositivo, e por outro lado, o MPF veste sua pintura de guerra em preparação à eleição para PGR.

Mas essas batalhas parciais pelo lugar no regime em ponto de mutação foram provisória e precariamente postas em segundo plano enquanto em comum marcham contra os trabalhadores. Essa unidade é expressão do medo e não de sua força. Precisam de toda unidade, da FIESP em evento com Bolsonaro agendado na mesma data, de todos governadores, do contrário receiam que o caldo pode começar a engrossar dia 14.

Justamente essa possibilidade pode reacender as brasas vivas entre executivo, legislativo, judiciário e suas múltiplas alas.

Os trabalhadores, se inspirando no potencial mostrado pela juventude podem enfrentar o pacto do centrão, do STF e de Bolsonaro e agora dos governadores. É possível derrotar a reforma da previdência e cada corte e ataque em curso, como os na educação. Para isso é preciso tomar em nossas mãos o dia 14, impor milhares de assembleias em cada local de trabalho do país e assim sustar todas negociatas em curso entre as centrais sindicais e o centrão e Bolsonaro. Estão se unindo para que sejam os trabalhadores a pagarem pela crise, precisamos fazer o oposto, afirmando na luta de classes que nosso futuro não se negocia, são eles ou nós.

 
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