www.esquerdadiario.com.br / Veja online / Newsletter
Esquerda Diário
Esquerda Diário
http://issuu.com/vanessa.vlmre/docs/edimpresso_4a500e2d212a56
Twitter Faceboock
ATAQUES À EDUCAÇÃO
Avançando em sua guerra às universidades, Bolsonaro decreta que general escolha reitores
Redação

Jair Bolsonaro, em um ataque autoritário, assinou nesta terça-feira (14) um decreto que concede ao general Santos Cruz, Ministro-Chefe da Secretaria de Governo, autoridade de vetar ou aprovar indicações para as reitorias das universidades federais e permite que ABIN faça uma análise da “vida pregressa” dos candidatos a reitor.

Ver online

Jair Bolsonaro, em um ataque autoritário, assinou nesta terça-feira (14) um decreto que concede ao general Santos Cruz, Ministro-Chefe da Secretaria de Governo que comandou repressões no Haiti e no Congo, autoridade de vetar ou aprovar indicações para as reitorias das universidades federais.

A partir de 25 de junho o decreto 9.794 altera o sistema de nomeações para cargos no governo, dá a um general os poderes para vetar ou aprovar indicações para vários cargos de instituições federais de ensino superior. Será responsável de avalizar não só a nomeação de reitores, como as de vice-reitores, pró-reitores e outros cargos de gestão, acabando com a autonomia universitária.

O decreto também cria o Sistema Integrado de Nomeações e Consultas (Sinc), um sistema eletrônico que vai centralizar e armazenar todas as indicações de nomeações por parte dos ministérios. No sistema, as indicações precisarão ter informações como experiência profissional. A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e a Controladoria-Geral da União (CGU) farão uma análise da “vida pregressa” da pessoa em questão.

Por lei, herança da ditadura, cabe ao presidente da República nomear os reitores das universidades federais - e de acordo com a Casa Civil do governo, isso não mudará. O que já é arbitrário e controlador, se intensifica com a falta de clareza do novo decreto que propicia a perseguição ideológica.

Se trata de um escancarado avanço dos militares e de Bolsonaro contra as universidades e estudantes em meio a um 15 de maio que transbordou a força do movimento estudantil junto aos professores em manifestações nacionais. Bolsonaro os elegeu como inimigos após seu governo ter anunciado que todas as universidades teriam um corte de 30% de suas verbas além de um repertório de ataques a educação.

Para combater medidas de interferência na autonomia universitária, como essas, é preciso batalhar pela unidade das lutas. Somando o enfrentamento a revogação do decreto a Reforma da Previdência que se mostrará um ataque tão duro a educação quanto os cortes atuais. Baseando na disposição de luta que foi mostrada na última quarta-feira é preciso exigir a unidade no dia 30 de maio, data convocada pela UNE - União Nacional dos Estudantes, se transforme em um dia de greve geral sem esperar até dia 14 de Junho para unificar as lutas.

Leia também: O desafio histórico do movimento estudantil depois do 15M

 
Izquierda Diario
Redes sociais
/ esquerdadiario
@EsquerdaDiario
[email protected]
www.esquerdadiario.com.br / Avisos e notícias em seu e-mail clique aqui