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DESEMPREGO
Aumento das demissões: 516 postos de trabalho a menos em Campinas
Redação
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Foto: EPTV

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgou nesta quarta, 24, dados sobre o saldo de postos de trabalho em todo o país no último mês. O resultado compara as admissões e demissões de trabalhadores no intervalo de um mês e, no caso do mês de março passado, os resultados mostram que ao menos 43.196 postos de trabalho com registro em carteira foram destruídos e que este é o pior saldo desde março de 2017.

A cidade de Campinas configura como uma das mais afetadas com as demissões na RMC, com 516 postos de trabalho a menos, junto com o município de Sumaré, que perdeu 583 postos. Reproduzindo a situação nacional, na RMC os setores que apresentam maior retração no emprego é a indústria de transformação e o comércio. No caso da indústria, a avaliação da direção campineira do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) é de que a forte crise que vem enfrentando a Argentina impacta na oferta de empregos, já que o país vizinho importa cerca de 15% dos produtos da RMC. Com o agravamento da crise e o avanço de acordos econômicos, com maior submissão aos EUA, negociados pelo presidente Maurício Macri e o FMI, as perspectivas são recessivas para a Argentina e trazem um alerta à indústria automobilística brasileira.

Como parte das análises interessadas nos lucros capitalistas, em detrimento das condições de vida e emprego dos trabalhadores, está a chantagem de que o desemprego é fruto das incertezas com relação à Reforma da Previdência, com a promessa de que se a Reforma for aprovada a situação irá melhorar e que mais empregos serão gerados. Nada mais mentiroso, aliás tão mentiroso como os próprios dados do Caged mostram. Em 2017 o discurso do governo golpista de Temer era o de que com a Reforma Trabalhista as coisas iam melhorar para os trabalhadores, mas de lá para cá o saldo de empregos registrados piora, e, incentivados pelo próprio governo Bolsonaro e seu ministro ultraliberal Paulo Guedes, os patrões estão se sentindo à vontade para demitir, como demonstra a Ford que deixou milhares de trabalhadores e suas famílias nas ruas. Além de impor condições miseráveis de salário e arrancar direitos históricos conquistados pela classe trabalhadora, o governo Bolsonaro quer nos fazer trabalhar até morrer, retirando o direito à aposentadoria. E ele tem em Campinas o prefeito Jonas Donizette (PSB) como um importante aliado para efetivar esses ataques.

Para defender o emprego e melhores condições de vida é preciso que os trabalhadores tomem a cena política, se organizando em cada local de trabalho, junto à juventude e a população pobre, para exigir que as centrais sindicais parem a trégua com esse governo que quer nos destruir e organizem essa luta vital, em especial CUT e CTB, que possuem uma enorme base e se colocam como oposição ao governo. Para isso será urgente ir além da estratégia parlamentar, onde os acordos com os partidos dos patrões e setores reacionários não são o caminho. Os próprios governadores do PT que apoiam uma Reforma da Previdência com algumas alterações devem ser combatidos, afinal qualquer Reforma negociada por esse governo só tem um objetivo: fazer com que nós trabalhadores paguemos pela crise que os capitalistas criaram.

 
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