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CHUVAS MARÍLIA
Tempestade causa devastação na periferia de Marília
Mariana Galletti

Na tarde da última terça-feira, 8 de setembro, uma tempestade atingiu a cidade de Marília deixando cerca de 1000 imóveis danificados pela chuva e os fortes ventos, segundo informações da Prefeitura da cidade.

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Por volta das 15h, Polícia Militar, Samu e Corpo de Bombeiros acumulavam mais de 100 ocorrências vindas de toda cidade. As periferias, principalmente das zonas norte e sul, foram as mais devastadas pelo vendaval, deixando diversas famílias desabrigadas e grande parte da cidade sem energia elétrica.

Só no bairro Nova Marília, segundo a Prefeitura, 300 casas foram destelhadas. No Nova Marília 4, uma casa desabou deixando uma moradora e seus dois filhos soterrada sob os tijolos. Os três foram socorridos e tiveram ferimentos leves. Ainda no Nova Marília, uma moradora do CDHU deu à luz dentro de casa em meio à chuva e aos trovões, sendo levada minutos após o parto ao Hospital Materno-Infantil.

As escolas Sementinha, Paulo Freire e Antônio Moral também sofreram graves danos. Esta última foi a mais atingida, a estrutura da quadra de esportes desabou, os muros foram destruídos e o telhado foi bastante danificado. As aulas estão suspensas até segunda-feira nas três escolas, segundo a Secretaria da Educação.

As unidades de saúde do CDHU e do bairro Santa Augusta também foram atingidas e não abrem nesta quarta-feira (9). As unidades do Jardim Planalto e do Jardim Flamingo também estão danificadas. A recomendação é de que os pacientes procurem o Pronto-Atendimento da Zona Sul.

A Prefeitura está avaliando a proporção dos danos causados na cidade, mas já afirmou que irá decretar estado de emergência na cidade e levanta a possibilidade de pedir ajuda ao governo estadual. A única assistência aos moradores desabrigados que a administração da cidade proporcionou foi uma estrutura no Clube dos Bancários para atendê-los. A mídia e as autoridades colocam os danos como causados por um “desastre da natureza”. Entretanto, é notável que a estrutura de diversos prédios públicos e casas não suportaram a tempestade por serem extremamente precárias, o que revela a falta de planejamento urbano adequado na cidade. Não por acaso, as regiões mais afetadas são as periféricas, em que os postos de saúde, as escolas, as ruas e as casas são construídos com material de menor qualidade, com menos investimento e muitas vezes em locais inapropriados. A maior parte das vítimas também é dessas regiões, que não possuem meio de transporte a não ser o público, ficando a mercê do serviço das ambulâncias e profissionais da área que se mostram em número insuficiente para atender a toda a demanda nessas situações.

 
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