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Ato em SP reúne centenas, em repúdio ao assassinato de Evaldo Rosa pelo Exército Brasileiro
Redação

No último domingo (14) um ato em SP, na Av. Paulista, reuniu centenas de manifestantes em repúdio ao assassinato de Evaldo Rosa pelas mãos do Exercito Brasileiro. O carro de Evaldo e sua família foi alvejado com 80 tiros, no domingo 07 de abril, enquanto iam a um chá de bebê. Os militares alegaram ter confundido o carro de Evaldo e sua família, com carro de "bandidos".

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O ato convocado por varias entidades do movimento negro, teve expresso em praticamente todas as suas falas a denúncia a esse atentado como a expressão do racismo profundo que está colocado no país, e que se aprofunda de forma absurda com a ascensão de governo de extrema direita como o de Bolsonaro. Seu discurso faz coro com Sergio Moro que com seu pacote "anti-crime" quer legalizar o genocídio da juventude negra, faz coro com os discursos de Witzel que desde sua campanha garantiu a impunidade ao assassinato de inocentes, incentivando a identificação de "suspeitos" unicamente pela cor da sua pele.

O assassinato de Evaldo Rosa é sim responsabilidade do Estado, que incentiva e inocenta os culpados. Não podemos também confiar no judiciário, para resolver essa questão, pois é o mesmo judiciário de Sergio Moro, pois e o mesmo judiciário que prende Lula arbitrariamente enquanto passa ano para vários políticos, é o mesmo judiciário que recentemente inocentou os assassinos de Amarildo.

Confira de fala de Marcelo Pablito, trabalhador do bandeijão da USP, parte da secretaria de negras e negros do SINTUSP e da agrupação de negros Quilombo Vermelho:

Vemos a expansão da terceirização desde os governos do PT, onde cresceu de 3 para 12 milhões, a precarização dos postos de trabalho com a reforma trabalhista do governo golpista de Michel Temer, e totalmente endossado por Bolsonaro, que afie que o trabalhador tem que escolher entre direitos ou emprego, com a macabra reforma a previdência que quer nos fazer trabalhar ate morrer. Sabemos que toda a classe tralhadora sofre com esses ataques, mas sabemos também que são as mulheres as que mais sofrem, e mais ainda as mulheres negras que chegam a receber até 60% menos que um homem branco e ocupam os piores e mais precários postos de trabalho, frutos da terceirização.

A pouco mais de um ano da execução de Marielle Franco seguimos exigindo uma investigação independente e questionando quem mandou mata-la. A pouco mais de um ano de uma execução de cunho político a uma mulher negra e lgbt, que denunciava as milícias e militava por mais justiça a população negra e jovem das favelas, vemos mais um brutal assassinato, num atentado a uma família negra o exército brasileiro executou Evaldo Rosa.

Confira fala da Odete, do grupo de mulheres Pão e Rosas:

Vemos diariamente o descaso que sofre a população negra nesse país, para alem dos ataques econômicos, como as reformas e o aumento do desemprego, com a falta de infra estrutura que provoca enchentes e desamentos e quando não isso tudo pela bala da polícia. Isso é fruto do Estado que tira dos pobres para dar mais e mais para os ricos, do Estado que quer que trabalhemos até morrer para inflar cada vez mais os bolsos dos grandes capitalistas, que apoia e profere discursos do ódio contras as mulheres, os negros, os LGBT.

Diante dese cenário escandaloso que escancarou a cara racista desse governo devemos exigir que as centrais sindicais rompam cm a sua paralisia e organizem um plano de luta real para lutarmos contra esse governo que só nos quer vivos trabalhando até morrer. Fazemos desde o Esquerda Diário e o Grupo de Mulheres Pão e Rosas um chamado ao PSOL e a todas organizações de mulheres e negros a organizar um encontro nacional de mulheres por justiça a Marielle Franco, para lutar pelas demandas da mulheres e dos negros, pois achamos que é essencial nos organizarmos nesse momento.

Marielle Presente!
Evaldo Presente!

Leia também: Moro, Bolsonaro e Witzel são responsáveis pelos 80 tiros com seu incentivo ao massacre racista do Estado

 
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