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TEATRO
Companhia do Feijão encena rascunho para Cabaré Coliseu
Redação

A Companhia do Feijão prolonga em abril a temporada em seu espaço do resultado cênico de sua mais recente pesquisa teatral: rascunho para Cabaré Coliseu, com ingresso mediante contribuição voluntária.

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A peça rascunho para Cabaré Coliseu desenvolve-se a partir de uma estrutura cabarelística em três planos. O dos narradores-atores - que se perguntam o que estariam fazendo ali. O dos Mestres de Cerimônia, que trabalham junto ao espectador um cabaré imaginário. Ou seja, sugerem através da narrativa imagens e situações do que estaria acontecendo ali naquele palco vazio, e dali surgem figuras de pensadores que conversam sobre conceitos que estruturariam o pensamento de seu tempo sobre o "homem e a sociedade". E finalmente, num terceiro plano, os mesmos Mestres de Cerimônia, além desta função primordial, desenvolvem situações e histórias como números cabarelísticos. E se revezam como narradores-personagens. Neste terceiro plano trabalha-se sobre a figuras de pessoas comuns - figuras femininas - acossadas em vários momentos históricos pela cultura hegemônica na luta de classes. Pela dominação Masculina/Capitalista.

Resultado da última pesquisa teatral da Companhia do Feijão, rascunho para Cabaré Coliseu traz em sua dramaturgia e encenação algumas histórias e conceitos. Histórias e Conceitos que, igualados em suas funções fabulares teatrais, seguem uma mesma linha, ou seja, que buscam um sentido da encenação para a recepção – buscam a comunicação ativa com um espectador ativo. Um sentido não final, fechado, mas um sentido em leituras presentes do que fomos e do que pretendemos SER. Significados presentes para as experiências de vida pelas quais passamos. Que pretendem fazer DIALOGAR (no sentido utópico) o EU com o EUS e os EUS com os NÓS HISTÓRICOS.

Uma recolocação do gênero épico/narrativo para os dias atuais. Um "continuar a pensar" sobre as estruturas e conteúdos teatrais que mirem no "Futuro da Realidade". Uma (...) Realidade menos morta (...) – para citar o poeta da canção.

Assim, a forma CABARÉ calcada em Números, situações, se reapresenta para a Companhia do Feijão como um caminho para o desenvolvimento de uma estrutura narrativa geral que sintetiza acontecimentos que independem da forma dramática. Uma independência da unidade dramática Aristotélica – ainda hegemônica no imaginário da maioria dos espectadores teatrais.

A estrutura Cabaré/fabular (tanto das histórias quanto dos conceitos – tratados como histórias) ressurge e pretende estimular o espectador para que ele "trabalhe" com o espetáculo que lhe é apresentado. Permite que ele jogue, brinque com os conteúdos e com as formas (que lhes são apresentados) sem esquecer do primeiro princípio teatral: a Diversão. 

Apresentações: 6 a 28 de abril, sábados e domingos às 20h
Duração: 75 minutos
Classificação etária indicativa: 10 anos

Ingressos: pague quanto puder – bilheteria aberta 1 hora antes das apresentações – sem possibilidade de reserva
Onde: Companhia do Feijão – R. Dr. Teodoro Baima 68 – República – com acesso a cadeirantes
Capacidade: 40 lugares
Mais informações: companhiadofeijao.com.br + [email protected] + facebook + instagram

Ficha técnica

Texto e Direção: Pedro Pires
Em cena: Eduardo Schlindwein, Fernanda Haucke e Zernesto Pessoa
Cenário: Pedro Pires
Figurinos: Silvana Marcondes
Iluminação: Pedro Pires e Zernesto Pessoa
Sonoplastia: Pedro Semeghini
Fotos e vídeo: Alan Siqueira
Colaboração artística: Vera Lamy
Assistência de Figurinos: Isa Santos
Assistência de Vídeo: Débora Xavier
Estagiária: Aurora Bolaffi Pires
Realização: Companhia do Feijão

A Companhia do Feijão

A Companhia do Feijão realiza desde 1998 um trabalho continuado de desenvolvimento de linguagens teatrais e criação em equipe. Utilizando como tema de base o estudo do homem e das realidades brasileiras, sobrepõe em suas criações a observação crítica de fatos sociais contemporâneos e uma permanente investigação sobre a história e a memória nacionais. Sempre em busca de procedimentos que possam contribuir para um real desenvolvimento de políticas públicas no que se refere à existência de manifestações culturais que escapem a ditames mercadológicos. Tem em seu currículo treze espetáculos com os quais percorreu grande parte do território brasileiro, além de Portugal, Alemanha, Espanha e Cabo Verde, atingindo um amplo espectro de público que vai de grandes metrópoles a mínimas comunidades rurais. Já foi contemplada com os Prêmios Shell e APCA e teve diversos projetos aprovados em importantes programas de fomento à criação e circulação teatrais.

 
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