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22M CONTRA REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Professores e outras categorias mostram disposição de luta, apesar do freio das centrais sindicais
Redação

Com as professoras e professores na linha de frente vários milhares vão às ruas em São Paulo contra a Reforma da Previdência de Bolsonaro, dos banqueiros e de Temer.

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A jornada de luta do 22M foi convocada pelas centrais sindicais como dia nacional de luta contra a reforma da previdência. Estas centrais, como a CUT e a CTB (além da Força Sindical e da UGT), frearam solenemente a paralisação que já deveria dar uma demonstração de forças contra a a nefasta reforma da previdência de Bolsonaro, que preserva os privilégios dos milionários e ataca os mais pobres.

Diante disso, entretanto, os professores de distintos municípios e estados se destacaram como ponta de lança do enfrentamento contra a reforma da previdência, acompanhados por trabalhadores de distintas categorias. Apesar da paralisação consciente das centrais, os trabalahdores mostraram disposição de luta real para derrubar este ajuste neoliberal de Bolsonaro e Guedes.

Muitos milhares de professores se reuniram em Assembleia no centro de São Paulo, de lá saíram em ato para a Avenida Paulista para dar o tom da manifestação contra a Reforma da Previdência. Ao redor de 10 mil pessoas estiveram na capital paulista.

A assembleia contou com fortes delegações vindas de várias partes do Estado de São Paulo, particularmente de Campinas onde ocorreu uma manifestação histórica no centro daquela cidade esta manhã.

Na capital paulista, pela manhã, motoristas e cobradores de ônibus organizaram uma paralisação contra a retirada de direitos que provocou o atraso na saída dos ônibus. A paralisação atingiu 561 linhas e os 29 terminais municipais. Também na categoria de transportes, os trabalhadores do Metrô estão vestindo coletes contra a Previdência e o avanço da privatização. Além disso, os trabalhadores da USP também fizeram uma manifestação bloqueando o portão 1 da universidade.

Em Campinas mais de mil professores aderiram à paralisação, em uma massiva manifestação de rechaço da categoria, que unificou no Largo do Rosário professores tanto da rede estadual quanto municipal.

Campina Grande (PB) também contou com centenas de trabalhadores aderindo a manifestação.

Ver aqui: Trabalhadores mostram disposição de luta contra reforma de Bolsonaro, apesar do boicote das centrais sindicais

Além de SP, em estados como MG, CE, entre outros, os professores deram o tom da luta neste 22M. No Rio de Janeiro, 5 mil trabalhadores e jovens se manifestaram contra a reforma.

Os professores, e especialmente as professoras, nesta categoria majoritariamente feminina, mostram a disposição e um caminho para derrotar essa reforma que quer impor a todos brasileiros que trabalhem até morrer.

Não à toa os professores são um dos principais inimigos de Bolsonaro. Desde o projeto Escola sem Partido o presidente reacionário busca disciplinar a categoria que por diversas vezes foi vanguarda da resistência dos trabalhadores.

Na reforma apresentada por Bolsonaro, os professores, coordenadores e diretores de escola perderiam o direito à aposentadoria especial, sendo todos forçados a se aposentar no mínimo aos 60 anos. Para as professoras, isso pode significar mais 15 anos de vida roubados para o trabalho! Se levamos em consideração a média de sobrevida da população trabalhadora do país e a péssima qualidade de vida que os salários dos professores impõe, muitas professoras e professores vão, de fato, trabalhar até morrer.

Para professores, reforma pode roubar 15 anos de vida para o trabalho

As centrais sindicais seguem em paralisia cadavérica. Quão indignante é para os trabalhadores, de todas as categorias, ter de ouvir Vagner Freitas, presidente da CUT (dirigida pelo PT), dizer na Av. Paulista que "se for votar a reforma da previdência vão fazer a maior greve geral da história do país"? Trata-se do mesmo roteiro que assentou a trégua da CUT (e demais centrais ditas "opositoras", como a CTB, dirigida pelo PCdoB) aos ataques do golpista Temer, como a reforma trabalhista, ou mesmo a paralisia que permitiu a implementação do golpe institucional em 2016.

Agora como antes, o conceito da burocracia sindical é "se aplicarem o ataque, responderemos com a greve". E tal como naquele então, o caminho para o "cumprimento da promessa" está repleto de traições e boicotes às jornadas de luta, como neste 22M, à desorganização consciente dos locais de trabalho, à falta de assembleias de base em que os trabalhadores decidam por um plano de luta, sério e coordenado, para organizar grandes manifestações de força, atos massivos, que possam deixar o governo contra a parede.

As burocracias sindicais, que deram tempo a Temer para que aplicasse a nefasta reforma trabalhista, agora dão tempo a Bolsonaro para reorganizar suas fileiras em conflito para impor a reforma da previdência. São traidores da luta dos trabalhadores contra a reforma da previdência, contra o autoritarismo judiciário e por justiça a Marielle

É preciso exigir da CUT e da CTB que parem de dar tempo a Bolsonaro, cessem sua trégua à extrema direita, e organizem os trabalhadores para lutar, com um plano sério de batalha para deixar Bolsonaro entre a espada e a parede. Não podemos esperar nosso inimigo arregimentar suas forças para começar a atuar, essa estratégia é a da derrota! Imponhamos uma estratégia que possa preparar o caminho para vencer, e derrubar os ajustes do governo.

Na construção desse dia de mobilização nacional, nós do Esquerda Diário e do MRT levantamos centralmente a exigência para que sejam convocadas assembleias de base, onde os trabalhadores possam decidir os rumos da sua luta, e assim construir um dia efetivo de paralisação nacional contra a reforma da previdência.

Veja abaixo o chamado da Professora Maíra Machado, direto do ato em São Paulo, exigindo que a CUT e CTB rompam sua trégua e organizem um sério plano de luta contra a reforma da Previdência:

 
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