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REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Bolsonaro concorda com Maia: devemos trabalhar até morrer
Redação

Concordando com Rodrigo Maia (DEM), presidente da Câmara, que disse que “todo mundo consegue trabalhar até os 80 anos”, Bolsonaro prepara uma verdadeira sentença de morte aos trabalhadores com a Reforma da Previdência.

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Nessa quinta-feira, 14, Bolsonaro bateu o martelo a respeito de um ponto decisivo na Reforma da Previdência, a elevação da idade mínima e a transição para a nova regra. Confirmou o que já era esperado: sua reforma será ainda mais dura da que propunha Temer. Concordando com Rodrigo Maia (DEM), presidente da Câmara, que disse que “todo mundo consegue trabalhar até os 80 anos”, prepara uma verdadeira sentença de morte aos trabalhadores com a Reforma da Previdência.

A proposta de a idade mínima fixada por Bolsonaro será de 62 anos para mulheres e 65 para homens, com uma transição estipulada em 12 anos. A proposta é semelhante a que Temer propunha, mas com uma diferença fundamental no prazo de transição, que se estendia por 20 anos na proposta anterior.

Como se já não fosse cruel o bastante aumentar em pelo menos 5 anos para os homens e 7 para as mulheres os anos de trabalho, Bolsonaro quer mudanças rápidas que garantam anos prolongados de exploração para enriquecer os capitalistas. A intenção de Paulo Guedes é fazer com essa proposta que a reforma “renda” 60% a mais do que a anterior, independente se isso significa jogar idosos na miséria e negar a aposentadoria para milhões de brasileiros que dificilmente chegarão à essa idade mínima trabalhando.

Partem para essa proposta com números abstratos de aumento de expectativa de vida no país, que hoje se calcula por volta de 72 anos para os homens e 79 para as mulheres, mas que não leva em conta a crescente precarização dos hospitais e dos serviços de saúde, o aumento da precarização das formas de trabalho, como o brutal aumento da terceirização, que além de deteriorar a saúde tem elevado os acidentes fatais no trabalho.

Somada a essa proposta, a Reforma da Previdência de Bolsonaro-Guedes prevê um regime privado de capitalização (bancado individualmente) que impõe a necessidade de que se contribua por ao menos 40 anos com a Previdência para que o trabalhador receba o valor integral de aposentadoria, referente ao seu salário. Uma proposta que não quer menos que perpetuar a servidão escravista, ou uma aposentadoria de miséria.

Um verdadeiro alento aos capitalistas, em especial ao capital financeiro, que tem elevado as ações da bolsa como forma de pressão/respiro para que Bolsonaro consolide os votos para aprovar o projeto, e que ontem mostrou entusiasmo com a fixação de idade mínima proposta elevando consideravelmente os números da Bovespa. Fica evidente a quem interessa tal reforma, e não são os trabalhadores.

A batalha da Reforma da Previdência é crucial da correlação de forças entre trabalhadores e burgueses. Diz respeito a quanto de recursos serão dados de bandeja para o imperialismo e para o mercado financeiro, quanto mais se explorará a classe trabalhadora, e até mesmo que nível de crise enfrentarão os estados. Nela joga-se um pedaço do destino da vida de milhões de brasileiros e ao mesmo tempo os trilhões de lucros dos capitalistas e a estabilidade do governo Bolsonaro. Faz-se mais necessária que nunca organizar a resistência da classe trabalhadora e como colocar suas organizações a serviço desta batalha, tirando-as dos freios da burocracia sindical e impondo uma frente única para derrotar a “mãe de todas reformas”.

As centrais seguem buscando ’diálogo’ com Bolsonaro/Guedes, que esfregam as mãos pra acabar com a aposentadoria de milhões, num projeto ainda pior que o de Temer. O que a CUT, CTB e FS estão esperando pra organizar assembleias de base em cada fábrica, empresa, serviços e universidade, pra que os trabalhadores decidam como enfrentar a reforma da previdência anunciada?

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