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Rio de Janeiro
Jovem negro é estrangulado até a morte em mercado no Rio
Redação

Pedro Henrique, de 19 anos, foi morto por um segurança do hipermercado Extra na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, por estrangulamento. Um assassinato racista, como a chacina no morro do Fallet-Fogueteiro, como a morte de Jenifer, menina de 11 anos, por um tiro da polícia voltando da escola. É para legitimar esse racismo que Moro inventou seu "pacote de combate ao crime e corrupção".

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Com 19 anos de idade Pedro Henrique morreu após ficar desacordado ao levar um "mata-leão" do segurança na tarde desta quinta-feira (14). Imagens que circulam em redes sociais mostram o vigilante em cima do jovem, já aparentando estar desacordado.

Pessoas no entorno tentam convencer o segurança a liberá-lo. Um cliente chega a tocar no segurança que responde: "Não segura, senhor, quem sabe sou eu" e diversos outros alertam que o rapaz esta sufocando e a resposta do vigilante gritar com as pessoas ao redor: "Cala a boca".

Todo o ocorrido se passou na frente da mãe do rapaz que está muito abalada. O padrasto Pedro alegou que ele tinha distúrbios mentais.

A diretoria do hipermercado, que pertence ao Grupo Pão de Açúcar, afirmou em nota que repudia atos de violência em suas lojas e que abriu uma investigação interna para apurar o caso. Inicialmente, segundo a empresa, foi constatado que “se tratou de uma reação à tentativa de furto a arma de um dos seguranças da unidade da Barra da Tijuca”. Informou ainda que os seguranças envolvidos foram afastados.

O segurança Davi Ricardo Moreira foi preso em flagrante e vai responder por homicídio culposo - quando não há intenção de matar. O delegado responsável pelo caso explicou que o segurança se excedeu na legítima defesa. Disse também que há poucos elementos que caracterizem a intenção de matar. De acordo com a Polícia Civil, o segurança vai responder em liberdade após pagamento de fiança. 3 horas depois do assassinato, o segurança foi liberado. A informação é do G1.

Uma mostra tremenda como o racismo mata, não apenas pelas mãos da polícia. Sergio Moro permite maior liberdade para os policiais assassinarem nos morros, legalizando a impunidade prevendo "legítima defesa" sob “medo, à surpresa e à violenta emoção”. Um precedente que fará ainda mais generalizado a perseguição aos negros, em especial por parte desse tipo de segurança privada.

O racismo estrutural no Brasil naturaliza todo esse cotidiano violento que os negros são expostos e legitimam toda ação racista, em especial quando cometida pelas mãos da polícia. Isso nos mostra que o capitalismo nunca vai oferecer uma vida digna ao povo negro, no capitalismo, crianças, jovens e trabalhadores negros e pobres, vão morrer, é disso que o capitalismo se fortalece e desumaniza nossas vidas cotidianamente.

 
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