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TERCEIRIZAÇÃO SAÚDE
Santa Casa propõe terceirizar médicos e ameaça saúde da população
Redação

A Santa Casa de Misericórdia de São Paulo tem planos de terceirização de seus médicos em base à reforma trabalhista.

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Imagem: Adriano Vizoni/ Folhapress

A Santa Casa, considerada como o maior hospital filantrópico da América Latina, passa por uma crise de administração desde o começo dos anos 2000, em 2014 o pronto socorro chegou a fechar, em 2016 o hospital interrompeu cirurgias eletivas (não emergenciais) por falta de recursos. Vale lembrar que o hospital que o hospital recebe assistência financeira do SUS conjuntamente com o governo do Estado de São Paulo.

A informação sobre o processo de terceirização foi confirmada pelo jornal Estadão, para o qual o provedor da Santa Casa, Antônio Penteado de Mendonça, disse que está havendo uma negociação com o sindicado dos médicos. Segundo ele o plano é que o regime de trabalho da entidade com os médicos seja de terceirização, visando reduzir os custos da entidade. Apoiado nas dificuldades financeiras que passa a entidade declara que o projeto de terceirização tem como objetivo usar o dinheiro economizado para melhorar os serviços oferecidos.

A realidade é que apoiados na reforma trabalhista tendem a precarizar ainda mais os serviços na Santa Casa, um dos principais hospitais de São Paulo. O discurso de melhoria baseado na terceirização é uma falácia tão grande que parece ingenuidade acreditar que através da precarização do trabalho melhorarão os serviços prestados, sendo que a única coisa que vai melhorar é a redução de gastos para o governo e para os administradores da entidade que não terão seus cargos terceirizados e permanecerão com seus salários milionários.

Mais um reflexo da reforma trabalhista que tentam pintar como melhora, mas que no concreto se apoia na crise para piorar cada vez mais as condições de trabalho, neste caso dos médicos da Santa Casa, mas que já se expressa em diversos setores por todo o país. A reforma trabalhista já é uma realidade macabra para muitos trabalhadores e não podemos nos esquecer que a reforma da previdência se avizinha como mais um ataque brutal disfarçado, de forma bem medíocre, de melhoria.

As Centrais sindicais precisam mais do que nunca sair dessa paralisia e convocar assembleias em cada local de trabalho para articular um forte plano de luta para revogar a reforma trabalhista e barrar a reforma da previdência, que precariza ainda mais direitos trabalhistas. Como podemos ver, esses ataques não só atacam direitos dos trabalhadores, impondo que trabalhem até a morte, como leva a precarização direta de serviços públicos essenciais, já destroçados com os cortes orçamentários. Somente a força unificada da classe trabalhadora organizada poderá levar a cabo um combate decisivo, capaz de reverter a reforma trabalhista e abolir qualquer projeto de reforma da previdência.

 
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