Conforme anunciou ontem, Jair Bolsonaro já iniciou a articulação da Reforma da Previdência e hoje confirmou a primeira parte deste ataque que irá fazer com que os brasileiros trabalhem até morrer: a idade mínima foi definida, sendo 62 para mulheres e 65 para homens. A transição será de 12 anos para este novo regimento.
O texto final será colocado para o congresso dia 20 de fevereiro, segundo secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho. Com o início do processo de elaboração do texto que será votado, o mercado financeiro teve um pico: O Ibovespa saltou 1.000 pontos em minutos e foi acima dos 97 mil pontos. É evidente que os capitalistas vibram como nunca frente ao avanço da "mãe de todas as reformas" que irá atacar brutalmente o direito à aposentadoria digna, fazendo com o lucro dos capitalistas seja mantido e que a crise seja descarregada nas costas dos trabalhadores.
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Enquanto isso, as centrais sindicais prosseguem com um silêncio ensurdecedor diante dos ataques de Bolsonaro, se propondo até mesmo à dialogar com o governo para encontrar um caminho para uma reforma mais "justa". Aliados de Bolsonaro, entusiastas dos ataques contra o trabalhador e o povo pobre, tentam aliviar o impacto da reforma da previdência: Onyx Lorenzoni, ministro da Casa Civil, afirmou que Bolsonaro buscaria fazer uma reforma que respeitasse o povo. Rodrigo Maia (DEM), atual presidente da Câmara, defendeu que a população consegue trabalhar até os 80 anos.
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Enquanto isso, parlamentares e juízes continuam nadando em seus privilégios, como grandes salários, aposentadorias, benefícios e auxílios de toda ordem. Não há reforma que "respeite" o trabalhador e a população, uma vez que este ataque, já articulado pelo governo Temer, e que agora será aplicado de forma ainda mais violenta por Bolsonaro, tem o objetivo primordial de fazer lucrar sob a exploração dos trabalhadores ainda mais os patrões e os banqueiros.
É urgente que as centrais sindicais coloquem abaixo esta trégua com o governo Bolsonaro e organizem uma grande mobilização dos trabalhadores, colocando sua força real nas ruas para barrar a reforma da previdência, buscando se aliar com o movimento de mulheres, juventude, negros e LGBTs.
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