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REDE GLOBO
Racismo escancarado no Big Brother Brasil
Redação

O Big Brother Brasil (BBB), “A casa mais vigiada do Brasil”, foi palco de comportamentos extremamente racistas e de intolerância religiosa por parte de alguns participantes.

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Rodrigo França e Gabriela Hebling.

O episódio que provocou reação de rechaço de muitos internautas e telespectadores, levou a um inquérito aberto na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, no Rio.

Um dos ataques racistas e preconceituosos ocorreu quando os participantes Rodrigo França e Gabriela Hebling, ambos negros, escutavam a música “Identidade” de Jorge Aragão, que faz referência a diversas raízes africanas, e o participante Maycon Santos afirmou ter sentido um “arrepio estranho” e ter visto a imagem de Jesus alertando que Maycon não fizesse como eles.

Mas as declarações racistas e odiosas não pararam por aí: foi gravada uma conversa que ocorreu entre Paula, Maycon e outra participante, na qual ele afirmava ter medo da religião de Rodrigo e Gabriela. E ainda acusou Gabriela de ter feito algum tipo de “trabalho” para que outra competidora adoecesse, em um absurdo e escrachado ato de discriminação contra as religiões de matrizes africanas. Paula defendeu Maycon e chegou a aparecer debochando do caso e dizendo que gosta de fazer “bullying” porque acha “engraçado”, ridicularizando as vítimas de racismo e mostrando sua segurança de impunidade e seu descaso com os crimes de racismo.

Todo o caso foi explanado em TV aberta para todo o Brasil, país onde o racismo cruel e estrutural mata a juventude negra nas favelas pelas mãos da polícia, superexplora a população negra nos piores e mais miseráveis postos de trabalho e os encarcera em prisões sem sequer ter o direito a um julgamento ou a condições básicas.

Apesar de ter inserido atores, personagens e repórteres negros no cotidiano da emissora, a Globo sempre foi uma das principais representantes do racismo institucional no país, por exemplo divulgando incessantemente as cenas de morte de jovens negros nas invasões dos morros no RJ, ajudando na naturalização da "pena de morte" no Brasil.

 
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