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REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Eduardo Leite está com Bolsonaro para nos fazer trabalhar até morrer
Redação Rio Grande do Sul

Entrevista de Leany Lemos - secretária de planejamento, orçamento e gestão do governo estadual do RS - escancara ainda mais o alinhamento de Eduardo Leite às intenções de Bolsonaro de descarregar a crise econômica nas costas da classe trabalhadora, atendendo os interesses do capital financeiro.

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Leite já declarou “apoio incondicional” à reforma da previdência, quando se reuniu no inicio do mês com o ministro da economia, o guru ultra liberal de Bolsonaro, Paulo Guedes. A reforma quer ampliar o tempo de contribuição dos trabalhadores, sendo uma das propostas de Guedes igualar o tempo entre mulheres e homens, bem como diminuir a aposentadoria e aumentar a contribuição do trabalhador.

Leite ainda planeja outras medidas para aprofundar ainda mais o ataque, como avançar com a alíquota complementar e outras eventuais medidas caso considere insuficiente a reforma proposta pela união. Segundo a secretária “nenhuma medida pode ser descartada”, e enfatiza que o governador “quer algo mais direto, para que as novas regras se apliquem a todos imediatamente”.

Justificam essas medidas com o argumento de que há um déficit na previdência do estado, e que para sanar as contas quem precisa se sacrificar é o trabalhador. Ao mesmo tempo, são mantidas as bilhonárias isenções de impostos para grandes empresários, assim como a “carta branca” para que continuem sonegando outros bilhões. Querem que os mais pobres paguem a conta dos ricos.

As ilusões de que uma “cara nova” fosse amenizar o sofrimento dos servidores, que veem sua qualidade de vida decaindo brutalmente, não se sustentam. É evidente que Leite é a continuidade dos ataques de Sartori contra os trabalhadores. Além de continuar atrasando salários de servidores, quer também reduzi-los, pedindo ao STF autorização para isso. Seu governo esta a serviço dos interesses dos capitalistas que sonegam bilhões e enriquecem às custas da classe trabalhadora.

Leite também defende a “PEC das privatizações”, que prevê a venda do patrimônio público gaúcho sem a necessidade de se passar por plebiscito. O objetivo é facilitar a privatização de estatais estratégicas – como a CEEE, Sulgás, CRM e até mesmo o Banrisul - para viabilizar os ataques que a proposta de Regime de Recuperação Fiscal prevê contra os servidores, garantindo os lucros capitalistas enquanto corta benefícios conquistados por categorias do serviço publico, desde a redução do rendimento dos trabalhadores até a modificação do plano de carreira.

Em oposição aos planos de Leite, uma saída na qual os trabalhadores não paguem pela conta da crise exige o confisco dos bens dos grandes sonegadores, o não pagamento da dívida com a união e a total estatização sob controle dos trabalhadores das empresas estratégicas. Só assim faremos os capitalistas pagarem pela crise, do contrário, continuarão as privatizações e ataques contra os direitos dos trabalhadores.

Enquanto isso, PT e PCdoB mantêm uma trégua com Leite, assim como a Bolsonaro a nível nacional, se dispondo a “dialogar” com o governador; desmoralizando os trabalhadores através do silêncio dos sindicatos e centrais que controlam (CUT e CTB) enquanto seus parlamentares fazem acordos com diversos golpistas por uma oposição meramente institucional, sendo funcional a aprovação de medidas que tem como objetivo descarregar a crise nas costas dos trabalhadores e fazer-lhes trabalhar até morrer.

É necessário que a CUT e a CTB rompam com sua paralisia e trégua com Leite e Bolsonaro, precisam colocar o peso de seus sindicatos a serviço de organizar os trabalhadores para resistir à aplicação dos ataques. Só com uma ampla mobilização e organização dos trabalhadores será possível barrar os ataques que se anunciam. Deve-se tomar por exemplo a massiva greve dos professores de 2017, que arrastou consigo diversas outras categorias e estremeceu o estado contra os ataques de Sartori, conseguindo barrar o pacote de privatizações.

 
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