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GM / BOLSONARO
GM ameaça fechar plantas caso não aplique reforma trabalhista e governo de Bolsonaro da o aval
Redação

A patronal da GM havia anunciado para a planta de São Bernardo do Campo a aplicação de 28 pontos inspirados na reforma trabalhista para aumentarem ainda mais seus lucros exorbitantes às custas dos operários, e ameaçam fechar e deixar milhares de trabalhadores desempregados caso não consigam aplicar suas medidas.

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Em reunião com representante da GM, secretário de Paulo Guedes dá o aval do governo e incentiva a empresa a tirar o couro dos trabalhadores ou deixar todos desempregados: “se precisar fechar, fecha”.

Como já denunciamos, os 28 pontos que a multinacional propôs como um “sacrifício” da parte dos trabalhadores é brutal, são medidas de arrocho salarial, aumento da carga horária, terceirização, corte de obrigações da GM para com os funcionários, e por aí vai. É a primeira grande tentativa de uma multinacional desse porte de aplicar na prática as medidas escravistas da reforma trabalhista, que caso passe, abre caminho pra a tentativa de impor medidas como essas por todo o país.

O governo de Bolsonaro, que foi a favor da reforma trabalhista e defende seu aprofundamento, incentiva a aplicação dessas medidas e da seu aval para a empresa cortar milhares de postos de trabalho caso não consiga. Bolsonaro sempre deixou claro que seu compromisso é com os empresários bilionários, afirmando que é “horrível” ser patrão no Brasil e se comprometendo a fazer mais reformas para aumentar o lucro dos capitalistas, como declarou a investidores no Fórum Econômico Mundial, em Davos.

É tão horrível ser patrão que os donos das mineradoras responsáveis pelas tragédias ambientais em Minas Gerais, que já ceifou centenas de vidas, seguem impunes há anos da tragédia de Mariana que devastou o vale do Rio Doce. Os governos, e agora Bolsonaro promete ser o pior de todos, lhes dão o direito de destruírem o país enquanto seguem expandindo enormemente seus lucros. Até isso eles podem.

Bolsonaro não estava de brincadeira quando falou no debate na TV que os trabalhadores teriam de escolher entre emprego ou direitos, é exatamente esse o destino que os grandes empresários e os políticos que os representam querem para a classe trabalhadora: trabalhar muito por miséria ou morrer de fome. Tudo isso para manter seus bilhões em lucros e uma vida luxuosa paga pelo suor do trabalhador.

A GM alega que sofre prejuízo com as plantas do estado de São Paulo, no entanto a empresa é líder de vendas no país e detém uma fatia de 17,9% do mercado nacional e um lucro global de US$ 2,5 bilhões no último trimestre. Só ano passado foram gastos R$ 1,2 bilhão em uma modernização da planta de São Caetano do Sul, R$ 1,9 bilhão para quadruplicar a produção de motores na fábrica de Joinvile (SC), criou o terceiro turno na unidade de Gravataí (RS) e auxílio de US$ 300 milhões mais US$ 200 milhões dos fornecedores para inserir a fábrica de Rosário, Argentina, no plano de desenvolvimento da nova família global de veículos.

Os sindicatos da região precisam urgentemente convocar assembleias e comitês de base para organizar os trabalhadores contra esse duro ataque, que deteriora a vida dos metalúrgicos da GM e abre caminho para as patronais atacarem todos os trabalhadores. Assim como as grandes centrais como a CUT e a CTB, que precisam romper sua trégua com Bolsonaro e desde já organizar os trabalhadores nos sindicatos para barrar a Reforma da Previdência. Nas fábricas de todo o país, as trabalhadoras e trabalhadores precisam se organizar em articulações antiburocráticas para exigir dos sindicatos que não deixem essas lutas isoladas, mas sim que as fortaleçam rompendo com a paralisia traidora em que mantêm os milhares de sindicatos que dirigem pelo Brasil.

Enquanto as centrais sindicais seguirem cumprindo o papel traidor de assinar uma carta de “respeito” ao governo Bolsonaro como anunciaram no início do ano, os patrões seguirão arrancando o coro de nossa classe. A Conlutas, única que corretamente não assinou essa carta, precisa dar exemplo e exigir que CUT e CTB coloquem seus sindicatos a serviço das lutas da nossa classe, aliando os combates em defesa de cada direito que Bolsonaro quer arrancar das mulheres, negras e negros, LGBTs, povos originários, junto da batalha contra as demissões, privatizações, a reforma trabalhista e a da previdência.

 
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