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GREVE METRÔ SP
Metroviarios de SP aprovam greve para 05/02 contra ataques da privatização
Redação

Em assembleia realizada na última quinta-feira, os metroviários aprovaram greve para o dia 05 de fevereiro e um conjunto de medidas de mobilização para enfrentar os diversos ataques que a companhia vem buscando aplicar contra a categoria.

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Confira as medidas de luta aprovadas: http://www.metroviarios.org.br/site/categoria-decide-greve-em-5-2/.

Os ataques que o metrô vem implementando, como o avanço da terceirização das bilheterias nas linhas 1 e 3 e ao nosso acordo coletivo com a tentativa da empresa de acabar com a jornada de 36hs através da implementação da escala 4x1x4x3 noturna, que pra além disso degrada ainda mais o já precário quadro de funcionários do metrô de sp prejudicando ainda mais a prestação de serviço pra população que depende desse meio de transporte; esses ataques são parte do plano de privatização da companhia que agora ganham um novo folego com o governo Doria em São Paulo e Bolsonaro a nível federal. Para isso, a companhia vem aplicando uma verdadeira lei da mordaça na categoria com o novo código de ética que visa coibir a livre manifestação política na categoria como foi o caso do coordenador do sindicato, Alex Fernandes, punido por ter gravado um vídeo onde faz um chamado à categoria para participarem da assembleia. Pela urgência de nos mobilizarmos e darmos uma demonstração de forças contra a empresa, e pela disposição de luta que a categoria demonstrou em diversa setoriais realizadas ao longo das linhas, Guarnieri, operador de trem da linha 01, defendeu na assembleia a necessidade de marcarmos um dia para a greve para que de fato pudesse ser discutido e preparado um plano de luta junto a base, diante a conjuntura colocada.

Esses ataques do metrô fazem parte de um plano maior da burguesia nacional para jogar os custos da crise nas costas dos trabalhadores. Nesse sentido vem a reforma da previdência, a aplicação da reforma trabalhista e na esfera estadual, o recente aumento das tarifas muito superior à inflação registrada nos períodos anteriores, tornando ainda mais inacessível o que devia ser um transporte realmente público, o que evidencia que o objetivo de Doria é que os patrões dos transportes de São Paulo enriqueçam ainda mais à custa da população pobre.

Contrastando com o clima de mobilização expresso, por exemplo, nas setoriais do tráfego, a CTB/PC do B veio na assembleia com a tentativa de dar um verdadeiro balde de água fria na categoria com um discurso de que os trabalhadores estão com medo, pra trás, e que não tinha condições de lutar. Esse discurso vem justamente desse setor que desde junho de 2017 traiu totalmente a batalha contra a reforma da previdência e trabalhista, deixando que essa última fosse aprovada sem luta. Fizeram isso deixando milhares de trabalhadores que dirigem em diversas categorias pelo país sem um plano de luta concreto, deixando-os paralisados. O PC do B de Manuela D’Ávila que está apoiando Rodrigo Maia a presidente da câmara dos deputados em Brasília, o mesmo que vai colocar para votar a reforma da previdência. Rodrigo Tufão, operador da linha 15, fez um alerta a categoria quanto ao verdadeiro papel conciliador dessa ala majoritária do sindicato.

O PC do B á frente da CTB segue a CUT e a cúpula das centrais sindicais, resignadas diante da conjuntura, pedindo negociação a Bolsonaro ao invés de chamar um plano de luta que possa ser discutido na base das categorias.

É necessário construir a mais ampla frente única operária de diversas categorias contra esses ataques que são parte de um plano nacional do novo governo bolsonaro. Nesse sentido, a mobilização e indicativo de greve aprovada na assembleia é parte dessa preparação da categoria, que também poderá confluir com a greve dos professores e servidores municipais contra o sampaprev indicada para dia 04. Uma preparação não somente em relação a como se caminhará a campanha salarial nos próximos meses, mas principalmente diante da ameaça eminente da proposta a ser levada ao congresso de reforma da previdência. Fortalecer a categoria resistindo aos ataques de agora é fundamental para acumular forças para essa batalha estratégica contra o novo governo.

Foto: Paulo Iannone/Sindicato dos Metroviários

 
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