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SÃO PAULO
A aposentadoria dos professores e os direitos da população não são “mimimi” - resposta ao Prefeito Bruno Covas
Nossa Classe - Educação

Bruno Covas fala que quem defende seu direito a aposentadoria esta de "mimimi". Debocham dos direitos dos trabalhadores e da população. Outro deboche é ver os vereadores que não estão nem aí para os problemas de transporte, da saúde e da educação trabalharem em pleno natal. Para agradar Covas e os empresários eles trabalham até no Natal.

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Após o dia 21, enquanto nós professores e servidores municipais, redobrávamos nossa preocupação com a aprovação da primeira votação do texto substitutivo do SAMPAPREV escrito pelo vereador Fernando Holiday (DEM), o Prefeito Bruno Covas (PSDB) respondia as manifestações dos servidores sua rede social chamando nossa luta contra os ataques dele e da Câmara de “mimimi”. Reduzindo uma séria luta contra a Reforma da Previdência do município que querem transformar em Lei ainda esse ano, mesmo que às custas de golpearem o funcionalismo votando esse ataque na calada da noite como fizeram. 33 votos contra o salário já bastante defasado de mais de 120mil trabalhadores entre aposentados e ativos, uma maioria esmagadora de arrimos de família que passaram o natal digerindo mais esse golpe.

Nós que aguardávamos ansiosamente nossas férias, ainda mais depois de um longo ano onde inclusive tivemos que fazer uma dura greve em março para defender nosso direito à aposentadoria contra os desmandos de João Doria (PSDB), e depois disso trabalhamos quase todos os sábados do ano para repor os dias parados e garantir aos nossos alunos e à população o direito de concluírem o ano letivo. Nós servidores municipais sofremos enquanto trabalhadores junto à população o descaso do Prefeito e dos vereadores. Covas, Milton Leite (DEM), Janaína Lima (NOVO) e Holiday, assim como todos os outros que foram favoráveis ao SAMPAPREV, não se mobilizam tão rapidamente frente a qualquer problema estrutural da cidade como a ponte que caiu e até agora não consertaram, o eterno desmonte da saúde, em relação ao transporte público, a ausência de brinquedotecas nas escolas, o corte do leite das famílias carentes, sobre a falta de TEG ´Transporte Escolar Gratuito e outras questões que tornam ainda mais penosa a vida do povo trabalhador em São Paulo. Elementos mais que suficientes para nos fazerem questionar, afinal, pra quem trabalham se não é para população?

A rapidez com que os vereadores criaram a Comissão de Estudos do SAMPAPREV, passando por cima do acordo com os servidores ao final da greve e fazendo-a num tempo recorde - o que escancara seu caráter formal, alinhada ao conluio com Bruno Covas e não com os trabalhadores, mostram que seu serviço ora está atrelado ao interesse dos empresários e do capital financeiro, ora de manter e aumentar seus próprios privilégios.

Bruno Covas, assim como João Doria, é a mão de ferro do PSDB fazendo-se pesar sob o município. Essa dupla que não tem qualquer respeito pelos servidores e pela população, até julho deste ano realizaram 17 viagens ao exterior com o dinheiro público, o que não foi revertido em qualquer melhoria para a cidade. Inclusive, ambos estão sendo investigados por favorecimento e irregularidades na contratação de empresas para o carnaval de rua de São Paulo. Além de estar envolvidos em várias acusações como empregar amigos e familiares na Prefeitura (linkar: https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/06/braco-direito-de-covas-emprega-amigos-de-faculdade-e-de-balada.shtml), tudo isso enquanto recebendo um salário de cerca de R$30mil e sem a menor vergonha de diminuir manifestações legítimas de trabalhadores que passaram o natal preocupados em como seguirão sobrevivendo frente ao aumento no desconto salarial e a perda de direitos, frente aos seus muitos privilégios, somada ao descaso com as escolas e equipamentos públicos, que afetam a vida dos servidores e da população.

Já os vereadores, têm escancarado com seus cargos são verdadeiros cabides de empregos, como bem mostrou o Vereador Ota do PSB no vídeo que está circulando no whatsapp, dizendo que ser contra o SAMPAPREV em março lhe custou 20 cargos na Câmara e que não faria isso de novo, conforme denúncia feita pelos servidores após encurralarem o vereador na rua. Junto com isso, os ilustríssimos também aumentaram seus salários em 26% no último ano, enquanto os servidores seguem com reajuste de 0,01% há anos, além de se darem o privilégio de faltar nas sessões na Câmara e desde 1999 sem ter nenhum R$1,00 de seus salários, ou seja, fazem e acontecem para se beneficiarem enquanto o funcionalismo e a população seguem sendo alvo de ataques e vêem os serviços que mais lhe são caros entregues à própria sorte.

Frente à tudo isso, é ainda mais absurdo que tenham sido esses vereadores, alinhados ao interesse de Bruno Covas, que votaram no último dia 21 à favor do SAMPAPREV e contra os direitos dos trabalhadores municipais, escancarando seus verdadeiros interesses: despejar em nossas costas uma crise criada e alimentada ano após ano por seus privilégios e demagogia contra a população. Exatamente por isso é fundamental a luta contra o SAMPAPREV e os ataques que virão de Covas e dos governos de Doria e Bolsonaro, unidos pelo fato de serem contrários aos interesses do povo pobre e só podemos nos opor a tais objetivos com os professores e servidores organizados e unificados contra os ataques, decidindo os rumos das lutas em suas mãos e questionando até o final as burocracias sindicais, como Claudio Fonseca e o PT, à frente da CUT, que dirige a maioria dos Sindicatos do funcionalismo, que se aliam ao PSDB e ao DEM em acordos políticos que certamente custaram boa parte da derrota que esses setores querem preparar para o funcionalismo, afinal, por que é mesmo que apoiaram Tuma?

Leia também a declaração do Movimento Nossa Classe Educação sobre como enfrentar os ataques de Covas e Bolsonaro

 
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