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TRANSPETRO
Denúncia: terceirizados sem salário e tratados como escravos na Petrobras
Redação
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De norte a sul do país, todo dia, centenas de trabalhadores entram nas refinarias, terminais, edifícios administrativos e plataformas da maior empresa do país sem salários, sem direitos trabalhistas algum. Milhares de terceirizados passam diariamente por essa humilhação, esse retorno da escravidão em pleno ano 2018.

Essa realidade esse mês voltou a atingir mais de 200 trabalhadores da JPTE empresa que presta serviços de transporte para a subsidiária Petrobras Transporte e ainda opera bases de carregamento no estratégico terminal de Guarulhos.
A terceirizada alega não ter recursos e assim atrasa salários, não deposita FGTS, não paga 13º salário e até mesmo vale-alimentação, atrasando inclusive o pagamento de convênio médico, do qual dependem as famílias dos terceirizados, e até mesmo alguns que estão afastados por motivos de saúde.

Essa é a realidade todos meses nesta empresa. A Petrobras lava suas mãos, segue todo rigor da lei, aplica burocraticamente multa atrás de multa e assiste centenas de trabalhadores sofrerem essa humilhação diária, trabalhar sem um centavo no bolso.
Em Guarulhos, os terceirizados que operam a base de carregamento cruzaram os braços, recusando-se a trabalhar sem seus direitos. Verdade ou não, gerentes se encarregaram de espalhar aos quatro ventos um absurdo escravista: que os grevistas não estariam no novo contrato quando fosse reincidido o contrato da empresa caloteira. Há informações contraditórias sobre essa informação, e seguramente será a luta dos terceirizados e o apoio dos petroleiros efetivos que determinará se ela acontecerá ou não, mas fica clara as mãos da Petrobras em querer espalhar boatos e colocar medo.

E a cada dia não somente os terceirizados da empresa caloteira, mas de todas empresas e da própria Petrobras dão mostras de maior solidariedade aos terceirizados.

Com esse boato para amedrontar acrescentam humilhação à degradação da terceirização que é usada para dividir os trabalhadores, retirar direitos. Querem amedrontar as centenas de motoristas de todo país, especialmente concentrados em São Paulo e nos terminais da Grande SP (Guararema, Barueri, São Caetano do Sul e Guarulhos) a não cruzarem os braços como seus colegas de Guarulhos. Querem escravos que trabalham não somente de graça, mas que tenham que tirar do próprio bolso o dinheiro para se alimentar, visto que a maioria dos motoristas é negado acesso ao restaurante nas áreas operacionais para não lhes pagar periculosidade.

A maior empresa do país, a Petrobras, é também um símbolo do trabalho precário. Anualmente dezenas de trabalhadores se ferem e até mesmo falecem em acidentes evitáveis. Isso cresce graças ao sucateamento da empresa para sua privatização, retirando recursos da manutenção, bem como por contratos cada vez menores e mais baratos que colocam os terceirizados com salários menores ano a ano e em condições mais inseguras.

É assim que os “gestores” da empresa símbolo do país se preparam para a mudança de gestão na empresa. Ameaçando trabalhadores sem salário de demissão se fizerem greve e juntando em planilhas quantas pessoas estão cortando em cada novo contrato. Bolsonaro promete privatizar boa parte da Petrobras, incluindo seus setores de refino e logística. Os gerentes querem agradar seu novo chefe mostrando desde hoje como são eficientes carrascos e podem continuar úteis neste novo governo.

É urgente o envolvimento de todos sindicatos de motoristas, bem como o sindicato dos petroleiros (Sindipetro Unificado de São Paulo) para garantir não somente os direitos trabalhistas negados pela Petrobras Transporte como pela empresa terceirizada, JPTE, como o elementar e constitucional direito de organização e de greve dos terceirizados.

A Petrobras é responsável pelo salário e por todos direitos de todos que trabalham em suas unidades. Pelo imediato pagamento dos salários e todos direitos de todos terceirizados!

O Esquerda Diário apoia toda organização e mobilização dos terceirizados e dos petroleiros em seu apoio e reafirma sua posição da necessidade de lutar pela incorporação de todos terceirizados às empresas que trabalham, sem concurso público, para acabar com a divisão dos trabalhadores e garantir os mesmos direitos a todos trabalhadores. A defesa dos direitos dos terceirizados é parte da luta contra o roubo da Petrobras e do petróleo nacional que querem entregar às empresas estrangeiras.

 
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