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CAPITALISMO BRASILEIRO
Quase 2 milhões de brasileiros a mais em situação de pobreza
Redação

A pobreza extrema aumentou 13%, passando a atingir 15,3 milhões. Brasileiros em situação de pobreza passou de 52,8 milhões para 54,8, um crescimento de quase 4%.

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Imagem: Portal Vermelho

Os resultados da SIS, Síntese de Indicadores Sociais, divulgada nesta quarta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram com clareza o que milhões de brasileiros sentem na pele: São mais de 2 milhões de pessoas a mais vivendo em situação de pobreza no país. De acordo com a pesquisa, em apenas um ano o contingente foi de 52,8 milhões de pessoas em 2016 para 54,8 milhões em 2017, um crescimento de quase 4%, que representa 26,5% da população. A pobreza extrema saltou de de 13,5 milhões para 15,3 milhões no mesmo período, aumento de 13%. Ou seja: Dos 207 milhões de brasileiros, 7,4% estavam abaixo da linha de extrema pobreza em 2017. Em 2016, quando a população era estimada em cerca de 205,3 milhões, esse percentual era de 6,6%.

As linhas para avaliação e acompanhando da pobreza mundial foram traçadas pelo Banco Mundial. Considera-se em extrema pobreza aquele que dispõe de menos de US$ 1,90 por dia, o que equivale a aproximadamente R$ 140 por mês. Já a linha de pobreza é de rendimento inferior a US$ 5,5 por dia, o que corresponde a aproximadamente R$ 406 por mês.

São 26,9 milhões vivendo com menos de ¼ do salário mínimo

Mais um índice com aumento brusco e absurdo no período de um ano: Em 2016, eram 25,9 milhões de brasileiros vivendo com com menos de ¼ do salário mínimo, o que equivale a R$ 234,25. Em 2017 o número saltou para 26,9 milhões de pessoas nestas condições.

Aumento também o número de pessoas com renda per capita inferior a R$ 85 por mês. De 8,2 milhões de pessoas em 2016 para 9,7 milhões em 2017 – um aumento de 18,3%, o que equivale a 1,5 milhão de brasileiros a mais.

Imagem: G1

Enquanto isso, os capitalistas seguem lucrando

Obviamente os números são reflexo dos intensos e incansáveis ataques de Temer e dos golpistas. A reforma trabalhista ferozmente usurpou milhões de postos de trabalho e precarizou outros tantos. Com o aumento do desemprego e da informalidade nos postos de trabalho, a população pobre claramente é a que vê diante de si os reflexos dos ataques e sente o peso da crise sendo descarregada em suas costas.

Os capitalistas, no entanto, continuam no “topo da pirâmide”. De acordo com a mesma pesquisa, o grupo dos 10% com os maiores rendimentos concentrava 43,1% de toda a massa rendimento, que é a soma de toda a renda do país. E mais: os 10% mais ricos chegam a receber 17,6 vezes mais que os mais pobres.

Dos 54,8 milhões de pobres no país, mais de 25 milhões vivem nos estados nordestinos.

Das pessoas em situação de pobreza, ou seja, que vivem com menos de R$ 406 por mês, quase metade estava no Nordeste - dos 54,8 milhões de pobres no país, mais de 25 milhões vivem nos estados nordestinos, o que representa quase metade de toda a população da região.

No Maranhão reside a maior proporção de pobres: Segundo o IBGE mais da metade da população está abaixo da linha da pobreza. Outros estados com índice semelhante são Acre, Amazonas, Pará, Amapá, Piauí, Ceará, Alagoas e Bahia, que tinham quase metade da população pobre também.

Já Santa Catarina aparece com o menor percentual de pobres - 8,5% de sua população estava abaixo da linha de pobreza. Em todas as demais Unidades da Federação este percentual ficou acima de 13%.

Racismo e capitalismo de mãos dadas: Pretos e pardos são a maioria entre os mais pobres

Outro índice que revela o que está marcado historicamente: Por faixa de renda, os pretos ou pardos representavam, em 2017, 75,2% das pessoas com os 10% menores rendimentos, mantendo praticamente intacto o mesmo índice do ano anterior, que batia na casa de 75,4%. É preciso ressaltar ainda que tais dados certamente são muito superiores, já que por conta de todo racismo dessa sociedade, muitos brasileiros e brasileiras não se consideram ou se declaram negros.

Uma força anti-imperialista para eliminar a pobreza no Brasil, combater os ataques de Bolsonaro, da extrema direita e dos golpistas

Desde o golpe, descarregam descaradamente a crise ainda mais sobre as costas dos trabalhadores, com ataques muito profundos. Bolsonaro vem agora para aprofundar ainda mais tais ataques, sendo capacho do imperialismo, e buscando com toda força, rifar o país aos ditames imperialistas, com a privatização da Petrobras, Eletrobras e novos ataques. Sob o argumento falacioso de que essa é a única forma de responder à crise que os próprios capitalistas criaram.

Enquanto desemprego e pobreza aumentam em escala alarmante, o PT segue com sua política conciliadora que abriu no somente ao próprio golpe mas agora, à essa abjeta extrema direita que alimenta seus lucros e sangra o país, relegando aos trabalhadores o que vimos acima. Não será através da confiança na justiça burguesa que se combaterá profundamente os ataques que já sentimos na pele e os que ainda virão.

Diante disso e contra mais ataques e exploração é urgente e fundamental que os sindicatos construam uma luta de fato, organizando os trabalhadores desde a base através de assembleias e comitês, para que assim enfrentemos de frente os ataques de Bolsonaro, da extrema direita e dos golpistas. Exigimos que os sindicatos estejam de fato integralmente ao lado dos trabalhadores e suas lutas, reunindo e organizando milhares para que em todo o país se construa essa força da classe trabalhadora, que é a única capaz de enfrentar e superar Bolsonaro e fazer com que seja imposto um programa operário que tenha como sua primeira tarefa a imediata revogação da reforma trabalhista e prepare desde já o caminho rumo à greve geral. Contra a reforma da previdência, em combate às demissões e à tercerização, pelo não pagamento da dívida pública para que sejam os capitalistas a pagarem pela crise.

 
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