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RACISMO
Devemos repudiar amplamente o novo caso de racismo envolvendo estudantes da PUC-RIO
Faísca Revolucionária
@faiscarevolucionaria

Os estudantes da PUC-RIO e da UFF precisam se colocar em movimento contra a absurda acusação de racismo que teria ocorrido na Super Copa Universitária.

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Imagem: Reprodução da internet/ ANF

Mais uma vez alunos da PUC-RIO são acusados de racismo. Dessa vez foi na Supercopa Universitária realizado em Vassouras, interior do Rio de Janeiro. O ato racista teria partido de uma atleta do curso de Economia da PUC em direção a uma atleta da UFF em uma partida de Handebol realizado no dia 16 de novembro. Após uma dividida, atleta da ADM/ECO PUC-Rio teria proferido ofensas racistas a atleta da Economia UFF.

O episódio foi registrado em súmula e levado à plenária das equipes participantes, resultando na expulsão de todas as equipes de Economia PUC-Rio da Supercopa. O caso foi levado até a delegacia.

Em junho, um outro caso de racismo veio à tona, nos Jogos Jurídicos. Uma integrante da atlética PUC-Rio teria lançado uma casca de banana em um jogador negro da UCP (Universidade Católica de Petrópolis). Esse não foi o único relato de racismo que ocorreu no evento. Depois do jogo de basquete masculino, há relatos de que membros da atlética PUC- Rio teriam imitado macacos com intuito de ofender estudantes da UERJ. Em seguida o alvo dos racistas teria sido uma atleta da UFF (Universidade Federal Fluminense) que de acordo com os relatos também foi chamada de “macaca”.

5 meses se passaram e pouco se avançou para a apuração dos fatos, que foram arquivados pela polícia civil. A comissão de investigação realizada pela PUC-RIO também foi inconclusiva e afirmou que os fatos foram coletivos e não vieram de alunos da instituição. Os fatos relacionados as opressões devem ser sempre apurados caso a caso, sem levianidades. O que fica desse caso, entretanto, é que a universidade se protegeu como pôde das acusações.

As universidades brasileiras são espaços, como qualquer outra instituição, entranhados do racismo que constitui o cotidiano de exclusão da população negra no capitalismo brasileiro. Há setores que reproduzem o que há de pior nesse sistema, sendo a própria universidade, através do filtro social do vestibular e outras medidas de exclusão, um fator importante para a manutenção de reverberações racistas como essas. Além do fato de que a PUC-RIO possui pouquíssimos professores negros e um currículo que não abrange a história da África e que exclui o estudo de intelectuais nativos e não eurocêntricos.

A lógica mercantil dentro da universidade que só alimenta o racismo precisa ser combatida com a perspectiva de um ensino superior que produza conhecimento não só para os lucros dos capitalistas, mas para o povo negro e pobre e a classe trabalhadora.

É preciso que os estudantes da PUC-RIO e da UFF se unam contra o racismo, e organizem grandes mobilizações para repudiar as expressões de opressões como o racismo, LGBTfobia, machismo que ocorrem diariamente, ainda mais no contexto de Pré-Governo Bolsonaro que vivemos.

Os estudantes da PUC-RIO tem que estar na linha de frente na luta contra o racismo, tanto pelos recentes casos em que vem sendo palco dos racistas, como pela responsabilidade que o movimento estudantil carrega pela visibilidade que a universidade tem, em um epicentro que pode ampliar a luta para outros locais de trabalho e estudo, e que podemos usar a nosso favor.

É necessário um movimento estudantil que enxergue que a universidade precisa estar a serviço da classe trabalhadora. Diante de um Governo Bolsonaro, que pretende atacar por diversas vias a todos os povos oprimidos, e com um programa econômico que retira direitos históricos e quer privatizar tudo o que é público é preciso que nos unamos em torno da defesa contra toda forma de opressão. Por essa via nós estudantes podemos ser a válvula de escape para que toda a juventude e a classe trabalhadora entrem em cena para barrar não só os racistas da universidade, mas os governantes racistas e a nossa elite escravocrata com seus planos que significam a morte para a juventude negra e toda uma camada ampla da população.

Veja o relato pela Atlética de Economia UFF:

 
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