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NOVA SECRETARIA DE BOLSONARO
Inimigo histórico de indígenas e Sem-Terra, ruralista será Secretário de Assuntos Fundiários
Redação

“O governo não dialogará com invasor”, disse presidente da União Democrática Ruralista (UDR), Luiz Antonio Nabhan Garcia, escalado para comandar a Secretaria Especial de Assuntos Fundiários.

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Escalado no último dia 21 para comandar a nova e absurda Secretaria Especial de Assuntos Fundiários, presidente da União Democrática Ruralista (UDR), Luiz Antonio Nabhan Garcia, disse nesta quinta-feira, 22, que o desafio do governo Jair Bolsonaro no setor é agregar as famílias acampadas nas margens de estradas e os assentados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) ao mercado da agricultura.

Afirmou: "Não interessa se o agricultor é grande ou pequeno", afirmou. "O nosso maior desejo é que os assentados e acampados sejam convertidos em produtores assistidos e orientados por órgãos técnicos." Ou seja, a criação de tal secretária, com Luiz Antonio Nabhan Garcia, vem para desde o início ditar as regras: ou os indígenas e sem terra se adaptam aos ditames do agronegócio e por ele são explorados ou terão problemas.

De acordo com Nabhan Garcia, pelas primeiras conversas até agora na equipe de transição, a secretaria que será chefiada por ele ficará dentro da estrutura do Ministério da Agricultura, como já havia dito na manhã de ontem a futura titular da pasta, a deputada Tereza Cristina (DEM-MS).

Não para por aí, já que o líder ruralista terá relação pessoal com Bolsonaro, que por diversas vezes deixou claro que não medirá esforços para criminalizar o MST. Uma das primeiras medidas será uma análise feita pelo governo sobre os cadastros de assentados do Incra, órgão que deverá ficar também na estrutura da pasta da Agricultura, e levantar o número de acampados para acabar com o que chama de "favelas rurais".

Há muito as famílias assentadas aguardam medidas que de fato lhes garantam o direito à moradia, e ainda que o próprio Incra e o governo federal reivindiquem ter assentado cerca de 70 mil famílias desde 2009 pra cá, ainda há cerca de 600 mil famílias aguardando um título de terra.

E para fechar com chave de ouro, o inimigo histórico dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Pontal do Paranapanema, no oeste do Estado de São Paulo, Nabhan Garcia disse que o novo governo está "aberto" ao diálogo com todas as entidades do campo, evidenciando no entanto, com todas as letras, que não haverá conversa nos casos de "invasão" de propriedades. "Todas as manifestações e reivindicações são legítimas e fazem parte da democracia", ressaltou. "Mas o governo não dialogará com invasor", afirmou. "Para invasões, a lei deve ser aplicada e a Justiça deve ser ouvida. Nada se resolve no grito e na pressão psicológica. Não há necessidade disso."

Certamente esta é mais uma das medidas de Bolsonaro que visa criminalizar os movimentos que lutam pelas direitos da classe trabalhadora, jovens, mulheres, negros, índios, LGBTS e pelos direitos mais elementares como educação, moradia e saúde. Já está claro o quanto este governo para aprofundar ainda mais os ataques de Temer, de modo a rifar o país aos ditames imperialistas e descarregar ainda mais a crise em nossas costas. É preciso que em cada local de trabalho e estudo se erga uma força anti-imperialista da classe trabalhadora para barrar tais ataques e derrotar Bolsonaro, a extrema direita e todos os golpistas.

 
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