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PNAD REVELA 11,9% DE DESEMPREGADOS NO PAÍS
Desemprego de milhões mostra a farsa da reforma trabalhista e de chantagens de Bolsonaro
Redação

Pesquisa do IBGE trouxe os dados de desemprego do último trimestre, apontando uma taxa nacional de 11,9% e com 14 estados acima dessa média, chegando a 18,3% no Amapá e mostrando que a reforma trabalhista que tirou direitos não aumentou os empregos. A farsa da escolha entre empregos e direitos proposta por Bolsonaro mostra sua cara.

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A chantagem patronal e dos políticos que foi a preparação para a aprovação da reforma trabalhista, de que a destruição de nossos direitos criaria mais empregos formais, era uma imensa farsa. E isso vem se mostrando novamente a cada nova pesquisa divulgada.

A Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) mede o desemprego a cada trimestre. Seu útimo resultado, divulgado na manhã desta quarta-feira (14), mostra o resultado do trimestre que se encerrou no mês de setembro. Ele registrou uma média nacional de 11,9% de desempregados, uma queda inexpressiva frente aos 12,3% registrados no trimestre anterior. Em 14 estados, a taxa de desemprego está acima da média nacional, incluindo São Paulo (13,1%), Rio (14,6%), Roraima (13,5%), Bahia (16,2%), Pernambuco (16,7%), Amapá (18,3%), Sergipe (17,5%) e Alagoas (17,1%).

No total da região nordeste, o índice é de 14,4%. Quando considerados os dados referentes aos negros (divididos, pelos critérios do IBGE entre pardos - 13,8% - e pretos - 14,6%) também verificamos taxas consideravelmente acima da média. Com as mulheres ocorre o mesmo, apontando 13,6% de desemprego contra 10,5% para os homens.

Esses dados mostram o peso do racismo, machismo e da desigualdade social nas regiões norte e nordeste em relação ao desemprego. No sul, por exemplo, a taxa de desemprego é de 7,9%. Já entre os brancos é de 9,4%. Entre os que procuraram emprego e não encontraram, 64,2% eram negros (12% pretos e 52,2% pardos), e 34,7% brancos.

É importante lembrar também que os dados são propositalmente maquiados pelo instituto, separando dos desempregados aquilo que se chama a taxa de “desalento”, que consiste em pessoas que não tem emprego e que já desistiram de procurar. Esse índice chegou a 4,3%, com os maiores índices no Maranhão (16,6%) e Alagoas (16%).

Outro dado escandaloso que mostra a farsa de que a precarização da reforma trabalhista e da lei de terceirização trariam mais empregos formais é que a porcentagem de trabalhadores sem carteira assinada aumentou. São 74,1% dos trabalhadores no setor privado que possuem registro, sendo novamente as menores taxas no nordeste (58,7%) e norte (60,7%). O trabalho sem carteira aumentou 4,7%, com mais 522 mil pessoas nessas condições.

O que vemos, portanto, é que a informalidade e a ausência total de direitos, longe de diminuir com a reforma trabalhista, foi incentivada por esta. A frase repetida por Bolsonaro de que os trabalhadores têm que escolher “direitos sem trabalho ou trabalho sem direitos” é uma farsa completa. As reformas e os ataques dos capitalistas e seus aliados na política têm como objetivo aumentar seus imensos lucros, e não gerar empregos.

Por isso, é totalmente absurda a postura que vêm tendo as centrais sindicais, que não organizaram nenhuma luta séria contra essas reformas, e agora dizem que não vão lutar contra a reforma da previdência. Chega de passividade e de engolir as mentiras e os ataques dos capitalistas.

Precisamos criar milhares de comitês de base, assembleias, greves e uma luta nacional unificada para derrubar a reforma da previdência e revogar a reforma trabalhista e a lei da terceirização.

Hoje vemos o desemprego de milhões por um lado, e por outro trabalhadores que enfrentam jornadas absurdas, cumprindo a função de dois, três ou mais pessoas, para ganhar um salário cada vez menor, corroído pela inflação. Bolsonaro assume pra aprofundar isso. Precisamos lutar pela redução da jornada de trabalho sem redução do salário, para que todos tenham emprego e ninguém se acabe de trabalhar. Que os salários sejam reajustados todo mês automaticamente para cobrir a desvalorização da inflação. Os empresários sempre alegam seus “imensos custos” e agem como se estivessem fazendo um grande favor ao explorar nosso trabalho e lucrar com ele. Como se eles nos “dessem” emprego, e não nós déssemos lucros a eles com nosso trabalho. Se estão falindo, que mostrem a verdade: que se abram todos os livros de contabilidade para vermos onde vão os milhões gerados pelo nosso trabalho - quanto vai pra propina de parlamentar, quanto vai para jatinhos e mansões e quanto vai para nosso salário.

Não aceitemos mais essa miséria e desemprego. Exigimos das centrais sindicais que coloquem os sindicatos que dirigem a serviço de lutar por essas questões, que são mínimas para garantir nossa sobrevivência digna.

 
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