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Militares torcem para ter golpista Moro no governo Bolsonaro
Alexandre Azhar
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Imagem: Antonio Cruz/Wilson Dias/Agência Brasil/montagem bahia.ba

Recém eleito nas eleições mais manipuladas e tuteladas de história recente, o ex capitão golpista Jair Bolsonaro (PSL) confirmou que convidará o juiz Sérgio Moro, capacho do imperialismo, “cabeça” da operação Lava Jato e peça importante do golpe institucional para uma posição em seu governo.

"Torço muito para que ele aceite. Seria uma honra tê-lo comigo em qualquer situação. O Brasil lucraria muito se ele aceitar”, saudou o General golpista Augusto Heleno, ex comandante das tropas brasileiras no Haiti, onde regeu as frequentes violações e ataques ao povo pobre e negro, para garantir a subordinação do país aos interesses do imperialismo. Sinalizando que também os militares querem o "paladino" contra a corrupção em seu governo, que pretendem ser a continuidade violenta do que foi o governo golpista de Temer.

Heleno, que além de já ter saído em defesa do golpe militar de 64, esse ano, defendeu que as Forças Armadas em missão de Garantia da Lei e da Ordem no Rio deveriam ter autorização para atirar em criminosos à distância, caso fossem “vistos portando armas”. E fez coro com toda uma corja de generais reacionários, ainda no governo Lula, por ser contrário à demarcação de terras indígenas na reserva Raposa Serra do Sol.

Heleno é indicado de Bolsonaro para o Ministério da Defesa, e suas declarações já prometem um agravamento agudo da violência estatal contra a juventude pobre e negra das favelas, a serviço de reprimir a violência social criada pela crise capitalista. Ele é só mais nas amplas fileiras de militares que fizeram parte da campanha presidencial do PSL, e certamente de seu governo. Trata-se da mais escancarada interferência das forças armadas na política na história da (agora decadente) república de 88. É a interferência direta da cúpula do alto comando do exército que mais explícita o caráter cerceado e manipulado destas eleições, e os interesses imperialistas por trás do golpe e da continuidade violenta dos ataques.

O governo Bolsonaro escancara o projeto do golpe institucional de aplicar ataques duríssimo aos direitos dos trabalhadores e do povo, para preservar os lucros dos capitalistas, desta vez com ainda mais agressividade que o governo Temer. Toda a agenda do golpe, protagonizado pela casta judiciária e apoiado pelo alto comando das forças armadas, agora se materializa em um governo conformado pela infiltração desses setores no executivo nacional, além de seu fortalecimento no congresso. A máscara de “combate à corrupção” da Lava Jato cai por terra, e vem caindo desde que Moro começou, ainda na campanha, a manifestar apoio tímido ao candidato de ultra direta do PSL, partido atolado em denúncias de corrupção, assim como o “centrão” com quem ele agora negocia. O que resta é o papel central da operação da PF, encabeçada pela bravata do juiz golpista de Curitiba, de interferir nas eleições, violentando o direito básico do povo de votar em quem quiser, a serviço dos ataques capitalistas e, especialmente, do capital imperialista.

Moro, que manteve uma falsa imparcialidade durante a eleição, a todo momento favorecendo Bolsonaro, inclusive declarando voto através de sua esposa, agora escancara o projeto da continuidade do golpe dentro do governo Bolsonaro, absorvendo mais e mais a casta bonapartista do judiciário dentro do executivo, assim como as forças armadas, para compor seu “dream team” pró imperialista. Liberou uma declaração dizendo “Sobre a menção pública pelo Sr. Presidente eleito ao meu nome para compor o Supremo Tribunal Federal quando houver vaga ou para ser indicado para Ministro da Justiça em sua gestão, apenas tenho a dizer publicamente que fico honrado com a lembrança. Caso efetivado oportunamente o convite, será objeto de ponderada discussão e reflexão.”

 
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