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RIO DE JANEIRO
Witzel quer snipers para aumentar chacina contra negros e trabalhadores nas favelas do Rio
Alexandre Azhar

Em uma escandalosa entrevista no Estúdio I, da Globo News o governador eleito Wilson Witzel contou sobre seus aterradores planos para a população pobre do Estado do Rio de Janeiro durante seu governo.

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Na conversa, Witzel declarou que pede ao Governo Federal para que “prolongue” a criminosa e assassina Intervenção Federal na Segurança Pública, que desde que foi declarada já ceifou inúmeras vidas, entre elas duas crianças, e falhou absolutamente em reduzir a violência social - estendendo a presença do exército nas ruas e favelas do Estado por mais dez meses, por meio do prolongamento do decreto de Garantia da Lei e da Ordem por mais dez meses. “Esse legado da intervenção a gente precisa aproveitar, conversar com o general Braga Netto, conversar com o presidente Jair Bolsonaro, para que a gente possa, se for o caso, manter por mais 10 meses, como Garantia da Lei da Ordem, até que a gente possa ter efetivo suficiente para transpor."

Mas esse foi só o começo das declarações absurdas do ex juíz. Witzel prosseguiu para dizer que havia pedido um levantamento sobre com quantos atiradores de elite (snipers) contam as polícias civil e militar. Detalhou seu plano de ter snipers em operações de invasão de favelas para “abate de criminosos que estejam portando armas restritas a partir de primeiro de janeiro” (sic). Confrontado sobre os inúmeros casos de jovens negros assassinados por carregar objetos quaisquer nas mãos, que teriam sido “confundidos” com armas, Witzel cinicamente respondeu que os tiros (proferidos por policiais civis e militares durante operações) nas teriam sido dados por “militares preparados”.

Afirmou ainda que é favorável ao uso de helicópteros atirando de cima durante operações, e que seus snipers poderiam ser postos ali para sua missão de “abater criminosos”.

Witzel é admitidamente favorável a que policiais desrespeitem normas e leis, e que a possibilidade de abater pessoas no meio da rua vem de uma “interpretação pessoal” que ele faz do código penal. Disse ainda que sabe que policiais podem vir a ser processados por tais crimes, mas que ele pessoalmente os defenderia. “O policial será defendido. Se condenado, nós vamos recorrer. Se a sentença for mantida, é um risco que a gente corre.” disse o agora eleito governador; as vítimas de assassinatos por policiais, suas famílias e suas comunidades, ao que tudo indica, não recebem o mesmo lugar ao sol do ex juíz.

A Anistia Internacional, se manifestou contra as odiosas declarações de Witzel, declarando que a medida “afronta as legislações brasileira e internacional e desrespeita as regras de uso da força e de armas de fogo”. Disse ainda que “autorizar previamente os policiais a atuarem de forma ilegal, violenta e violando direitos humanos só resultará em uma escalada da violência e colocará em risco a vida de centenas de milhares de pessoas, inclusive os próprios agentes da segurança pública”.

 
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