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Patronais da educação querem ajudar Bolsonaro a montar programa e garantir mais lucro
Guilherme Garcia

Representantes da Federação Nacional das Escolas Particulares querem participar da produção do programa de governo para a educação, querendo aumentar a participação dos setores privados na educação do país.

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Representantes das escolas de ensino privado da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), enviou nesta segunda feira (29), um ofício ao presidente eleito, Jair Bolsonaro, sugerindo participação do setor privado na montagem do programa de governo para a educação. A Fenep diz que é necessário “agir rápido e de forma estratégica para proceder o equilíbrio das contas públicas”.

A entidade ainda afirmou no ofício que a “escola particular brasileira desonera o Estado, oferecendo serviços que seriam de sua responsabilidade às famílias brasileiras”. Isso deixa claro a intenção da entidade de participar na criação do programa de um presidente ultra neoliberal, no intuito de querer aumentar mais a participação das redes privadas na educação do país.

Não é atoa que as escolas particulares estão oferecendo ajuda para formar o programa de educação do Bolsonaro, com seu plano de economia ultra liberal encabeçada pelo o empresário Paulo Guedes, e sua política privatista onde tem o intuito de vender todas as estatais conforme ele mesmo já afirmou várias vezes. A Fenep quer ajudar no programa para favorecer ainda mais os monopólios da educação como a gigantesca empresa Kroton-Anhanguera, o maior monopólio da educação do mundo, que em 2018 comprou o controle da Somos Educação da Tarpon Gestora de Recursos, e aumentou muito o seu lucro com a educação básica no Brasil.

Além disso as escolas do ensino privado ainda querem participar na criação de um programa para educação com o assessor reacionário de Bolsonaro, o general Aléssio Ribeiro Souto, que quer aplicar barbaridades contra a educação, como o próprio corte de gastos e investimento que a Fenep está propondo. Alterar o currículo escolar onde quer apagar a história e implementar a defesa ao regime militar, e colocar o criacionismo para ser estudado de forma igual à teoria da evolução. Mostrando um total retrocesso e uma precarização maior da educação no país.

Bolsonaro, herdeiro da ditadura militar que vem para implementar através da força as reformas que Temer não conseguiu, procura precarizar a profissão dos educadores e reprimir ainda mais o ensino nas escolas, sob uma ótima militarista, repressora, autoritária e completamente retrógrada. Os professores, no entanto, podem ser linha de frente contra esse projeto privatista, neoliberal, e fascistizante, na luta pela criação de comitês de base massivos em todas as escolas e todos os locais de trabalho para preparar um verdadeiro combate nas ruas para derrotar Bolsonaro e a extrema direita.

 
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