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CHAMADO À JUVENTUDE
Sejamos milhões de jovens organizados nas escolas e universidades contra Bolsonaro, os golpistas e as reformas
Faísca Revolucionária
@faiscarevolucionaria

Em diversas universidades estudantes se mobilizaram contra Bolsonaro durante o segundo turno das eleições mais manipuladas da história do país. O que ele, Mourão e os golpistas querem para a juventude brasileira é uma vida de miséria, trabalho precário e sem nenhum direito. São uma ameaça direta às negras e negros, LGBTs, mulheres, indígenas. É preciso seguir e massificar a mobilização e organização que já existe nas universidades, ampliá-la às escolas, bairros e demais locais de estudo, em aliança com a classe trabalhadora.

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Os fãs de Bolsonaro já assassinaram Mestre Moa, Charlione, Laysa e Karolyne, além de outras agressões. É isso que promove o presidente fruto dessas eleições manipuladas. As manobras dos golpistas para fortalecer Bolsonaro mostram suas expectativas de que ele continue e aprofunde violentamente as reformas que Temer já vinha aplicando. Sejamos junto à classe trabalhadora quem vai derrotar essas expectativas.

Foi a juventude o primeiro setor a se erguer nacionalmente contra Temer frente à imposição do teto de gastos públicos em serviços como saúde e educação no final de 2016, ocupando escolas e universidades. No último período foi também a juventude, sobretudo estudantes das universidades, que se organizou e se mobilizou com assembleias, manifestações e outras ações contra Bolsonaro. A resposta de setores mais bolsonaristas do judiciário foi uma ofensiva de censura e repressão nas universidades, contida pelos tribunais superiores. Foram também o STF e o TSE os que mais manipularam essas eleições e não são, portanto, menos autoritários do que os tribunais regionais. Buscam se colocar como moderadores aparentemente democráticos de Bolsonaro mas para condicioná-lo a não se descontrolar tanto antes da aprovação das reformas e privatizações.

Se em 2016 não derrotamos Temer e os golpistas, é preciso tirar lições daquela mobilização nacional para nos preparar para enfrentar Bolsonaro. Naquele momento era necessário que os estudantes se coordenassem nacionalmente para massificar a mobilização, exigindo das centrais sindicais assembleias nos locais de trabalho para construir uma aliança entre a juventude e a classe trabalhadora que pudesse derrotar os golpistas. A UNE, dirigida pelo PCdoB, assim como as entidades secundaristas, nada fizeram neste sentido e atuaram contra isso, o que isolou a mobilização estudantil do conjunto da sociedade. Hoje a massificação da luta contra Bolsonaro, os golpistas e as reformas é uma tarefa prioritária pois eles só serão derrotados com a força da classe trabalhadora aliada à juventude, às mulheres, negros e LGBTs.

O esforço concentrado de virar votos na reta final não reverteu os números. O resultado apurado, aliás, pelo judiciário, reafirma a falência da estratégia eleitoral que o PT vem apresentando frente à extrema direita. A juventude aliada à classe trabalhadora é o que pode derrotar a continuidade violenta do golpe institucional que Bolsonaro foi eleito para executar. É nesse sentido que temos que nos preparar desde já, antes mesmo de ele assumir oficialmente, pois Temer cogita a votação da reforma da previdência no que restou de seu governo, os próximos dois meses, ou período de transição como eles chamam. Além disso seus seguidores vem cometendo ataques inclusive desde antes de ele vencer. Precisamos nos organizar e nos defender, as nossas vidas importam.

Em cada local onde já se tenha fundado um comitê é necessário que ele se massifique entre todas e todos os estudantes e trabalhadores que se colocam como opositores daquilo que o presidente eleito defende. Um machista, racista, LGBTfóbico, representante de uma extrema direita oriunda dos mais podres esgotos da política brasileira. Precisamos nos confrontar massivamente com as ideias fascistas de Bolsonaro, seus fãs e sua equipe de governo, saudosos da ditadura militar, que querem nos impor uma vida de miséria, repressão e o máximo de exploração. Os trabalhadores escolherem entre direitos e emprego, espancar quem é "meio viadinho", mulheres merecerem ser estupradas, além de propostas como cobrar mensalidade nas universidades públicas ou mesmo educação à distância. É isso que ele defende e contra isso que temos que reagir.

Manifestações e assembleias ocorrerão essa semana por todo o país. A juventude precisa estar massivamente nesses espaços e mostrar a Bolsonaro, os golpistas e seus apoiadores que nós não aceitamos a continuidade violenta de Temer. Em cada local de estudo e trabalho é necessário fundar massivos comitês para nos organizar. Exigimos que a UNE e as entidades secundaristas convoquem imediatamente assembleias em todos os locais, organizando milhões de estudantes em todo o país. DCEs e DAs de universidades de todo o país precisam organizar essa luta em cada local.

Exigimos que as centrais sindicais como CUT e CTB, dirigidas pelo PT e PCdoB, rompam imediatamente sua paralisia e convoquem em cada categoria onde dirigem sindicatos massivas assembleias para fundar milhares de comitês e organizar trabalhadoras e trabalhadores que também se opõe à retirada brutal de todos os direitos conquistados, como Bolsonaro e Paulo Guedes propõem. Essa é uma exigência que precisa ser levantada pelos estudantes em todo o país, buscando uma aliança com a classe trabalhadora para enfrentar Bolsonaro, os golpistas e as reformas. Com essa força é necessário coordenar regional e nacionalmente esses comitês para construir um plano de lutas unificado.

Nessa luta temos que apontar um caminho que faça os capitalistas pagarem pela crise. É nesse sentido que nós do Esquerda Diário e da Juventude Faísca defendemos a revogação de todas as reformas de Temer e dos governos anteriores, sobretudo a reforma trabalhista, a terceirização irrestrita e o teto de gastos. Lutamos pelo não pagamento da dívida pública aos banqueiros, contra as privatizações, por uma Petrobrás 100% estatal com o controle dos trabalhadores. Contra os ideais medievais de Bolsonaro e sua equipe de generais defendemos a separação entre Igreja e Estado e nosso direito de decidir sobre nossos corpos e nossas vidas. Convocamos jovens e estudantes de todo país a se organizar e levantar este programa conosco na luta contra Bolsonaro e a extrema direita.

 
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