www.esquerdadiario.com.br / Veja online / Newsletter
Esquerda Diário
Esquerda Diário
http://issuu.com/vanessa.vlmre/docs/edimpresso_4a500e2d212a56
Twitter Faceboock
COMITÊS CONTRA BOLSONARO
Mesmo sob censura, metroviários de SP divulgam manifesto contra Bolsonaro
Nossa Classe Metroviários
Ver online

Na última assembléia dos metroviários foi aprovado um manifesto contra Bolsonaro como posicionamento da categoria contra a ameaça de direitos e todo o atraso que ele representa. O manifesto já com mais de 600 assinaturas e está sendo divulgado na página que pode ser conferida aqui

A empresa desde então vem proibindo a divulgação do manifesto e o recolhimento de assinaturas nas áreas, apoiando-se na reacionária lei eleitoral e novo código de conduta.

Na semana passada, Wagner Farjardo (Coordenador do Sindicato) e Camila Lisboa (Diretora da FENAMETRO) foram punidos com advertencia por haver se manifestado politicamente contra Bolsonaro e Doria durante uma reunião setorial (prevista em act) no Pátio Itaquera (PIT) ). O absurdo foi tanto, que Fajardo foi advertido por “autorizar” Camila a falar.

A direção do metrô de SP já começa a aplicar a lei da mordaça de Bolsonaro na empresa. Os metroviários estão sendo censurados e impedidos de se manifestar política e sindicalmente, sob o risco de sanções e punições.

Utiliza -se a justificativa da lei eleitoral contra os trabalhadores para que não possam se posicionar politicamente, porém não existe nenhuma lei quando Alckmin inaugura estações as vésperas da eleição? Ou então, a circulação do jornal AME em todas as áreas internas do Metrô chamando voto para a Senadora Mara Gabrili?

O Dono da Havan coagir funcionários, ameaçando-os de demissão se não votassem em Bolsonaro é permitido pela Lei, sem sofrer qualquer punição, porém os trabalhadores se posicionarem contra Bolsonaro, aí não pode? Os empresários financiarem uma indústria de Fake News é permitido pela justiça, entretanto um manifesto aprovado em assembleia da categoria não pode circular no ambiente de trabalho?

Essa lei é a expressão máxima de que só os patrões podem fazer política.

A censura aos trabalhadores é mais um capítulo das eleições manipuladas pelo golpe institucional, tendo como principal pilar o poder judiciário. Uma eleição onde foi usurpado o direito ao voto da população, e feita uma série de manobras para privilegiar que os patrões tivessem o seu candidato.

Diante desse cenário, que nos do Movimento Nossa Classe debatemos na última assembleia que para derrotar Bolsonaro, era preciso derrotar sua essência, o golpismo, que tem como principal objetivo dar continuidade de maneira autoritária as reformas iniciadas pelo Governo Temer.

Nesse sentido, acompanhamos a vontade de luta dos trabalhadores votando em Haddad para derrotar Bolsonaro nas ruas, mas sem dar nenhum apoio político ao PT, e sem compartilhar de sua estratégia eleitoral e de conciliação, que tem sido mostrado impotente até agora para combater o avanço do golpismo e dos ataques aos trabalhadores.

Precisamos derrotar Bolsonaro nas ruas, por isso propomos a criação de um comitê de metroviários, com um chamado assinado por mais de 90 trabalhadores, que pudesse ser o mais amplo q democráticos possível para organizar a categoria na luta contra Bolsonaro. A mesma iniciativa que tivemos em outras categorias, exigindo principalmente as centrais como a CUT e CTG, que rompam com a sua paralisia e convoque comitês massivos para organizar na base a luta dos trabalhadores.

Com muito custo o comitê foi aprovado em assembleia, mas infelizmente a diretoria do sindicato dos metroviários não teve nenhuma iniciativa em construí-lo na base. Acontecendo apenas uma reunião, pouco representativa, construída apenas por nos do Nossa Classe e que teve a presença apenas de 3 diretores do sindicato.

Ter um comitê de base representativo hoje na categoria seria fundamental para realizar uma grande campanha democrática contra a censura e perseguição política na empresa. Campanha que na nossa opinião deve ser a principal tarefa do sindicato hoje para fazer valer o posicionamento que os metroviários aprovaram em seu manifesto, dizendo bem claramente para o Metrô - SP, que eles podem, punir, censurar, mas não conseguirão calar a voz das metroviárias e metroviários em defesa dos seus direitos políticos, econômicos e democráticos, contra Bolsonaro e todo autoritarismo herdado da ditadura militar que ele representa.

 
Izquierda Diario
Redes sociais
/ esquerdadiario
@EsquerdaDiario
[email protected]
www.esquerdadiario.com.br / Avisos e notícias em seu e-mail clique aqui