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APEOESP aprova comitês de luta contra Bolsonaro, professores precisam exigir que existam de fato
Nossa Classe - Educação

Em reunião de Conselho Estadual de Representantes da Apeoesp (Sindicato dos professores estaduais de SP), que aconteceu na manhã dessa última quarta-feira (17), foi aprovado a criação de Comitês de base em cada região do estado para lutar contra Bolsonaro.

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Os conselheiros e diversas correntes da situação e da oposição do sindicato debateram a conjuntura política e eleitoral, marcada pelo avanço da extrema-direita no país.

Nós, do Nossa Classe Educação e o MRT, apresentamos a análise de que o avanço da extrema-direita representa tudo de mais atrasado e reacionário desse regime, e que agora com a manipulação de todo o processo eleitoral feita pelo judiciário golpista e com tutela das Forças Armadas, Bolsonaro cresce, tendo uma grande chance de assumir como presidente em janeiro. Por isso, acompanham as milhões de pessoas que rechaçam tudo que Bolsonaro represente, sendo filho legitimo da ditadura militar, e que por isso escolheram votar no PT. Votaremos criticamente no PT, mas sem dar nenhum apoio político ao seu projeto de conciliação de classes e sua estratégia meramente eleitoral, defendendo como tarefa número 1 combater Bolsonaro, os golpistas e as reformas nas ruas, com os professores organizados em comitês de base para lutar e organizados junto às comunidades para derrotar Bolsonaro. Não será nas urnas que toda a força da extrema-direita será derrotada, e sim nas ruas com mobilização e luta.

A aprovação por ampla maioria dos conselheiros da proposta de comitês de base em cada região não pode ser mais uma formalidade da direção majoritária da Apeoesp (PT e PCdoB), que até agora segue a cartilha da CUT e do PT de apostar somente nas urnas para derrotar Bolsonaro, sem ter organizado os professores e comunidades escolares até agora, a despeito de toda a revolta e rechaço.

É preciso exigir que esses comitês de base aprovados ontem sejam de fato convocados e que sirvam para organizar um plano de luta da categoria, que já demonstrou todo seu desprezo e ódio por tudo que Bolsonaro representa contra os trabalhadores por ser a continuidade do governo Temer, para os negros, as mulheres, imigrantes e LGBTs. Além disso, há tempos os professores já são um dos setores mais atacados por essa extrema-direita do Escola Sem Partido, já que Bolsonaro, MBL, a bancada evangélica e companhia enxergam e conhecem o potencial de luta que tem professores e estudantes juntos. Por isso, temos que ser a linha de frente da necessária e grande luta unificada de todos os trabalhadores brasileiros, que com sua grande força demonstrada nas históricas lutas do país, pode derrotar Bolsonaro.

A Apeoesp é um dos maiores sindicatos do Brasil, filiado a CUT, que por sua vez é a maior central sindical do país, estando na direção de setores importantes de trabalhadores para além de professores, como bancários, metalúrgicos e, junto com PCdoB, metroviários. Por tanto tem responsabilidade e dever de organizar e unificar os trabalhadores, tendo como tarefa central construir milhares de comitês pelo país, a partir de onde emerja uma grande força social.

Jair Bolsonaro, a voz da ditadura militar no Brasil, está sendo apoiado por grandes empresários, banqueiros e pelo agronegócio para impor pela força e repressão os ataques que Michel Temer não conseguiu fazer, como a reforma da previdência. Além de homofóbico, racista e machista, Bolsonaro veio para atacar o movimento operário e seus sindicatos. E mesmo que seja possível, ainda que improvável, fosse possível reverter nas urnas sua vitória, o bloco econômico, social, político e militar que ganhou e se fortaleceu não desaparecerá e se manterá como um enorme perigo para as trabalhadoras e trabalhadores e todo o povo pobre, como mostram dezenas de ataques violentos pelo país, custando desde já a vida do Mestre Moa do Katendê.

É urgente que a Apeoesp organize amplamente em cada região e em cada bairro os comitês aprovados nas instancias do sindicato. Os professores demonstram vontade em derrotar a extrema-direita representada por Bolsonaro, os golpistas e as reformas, e seu sindicato tem obrigação de dar vazão para essa vontade de lutar.

Os professores devem exigir de suas subsedes regionais da Apeoesp a criação imediata das reuniões amplas dos comitês contra Bolsonaro, convidando inclusive os pais, funcionários, alunos e trabalhadores da região que queiram somar suas forças. Chamamos toda as organizações de esquerda que estão na oposição a darem conosco essa batalha fundamental, superando a lógica petista e puramente eleitoreira de fazer política.

Só nos mobilizando pela base é que vamos conseguir construir uma verdadeira força social que seja capaz de enfrentar o reacionário Bolsonaro e seus aliados no exército, no judiciário, nas mídias, todos apoiados e financiados por grandes grupos econômicos, para fazer com que sejam os capitalistas, e não os trabalhadores, a pagarem pela crise.

Vejam fala de Danilo Magrão, professor de Campinas e Conselheiro da Apeoesp pelo Nossa Classe Educação:

 
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