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ELEIÇÕES 2018
Brasileiros sentem raiva e tristeza com a política: qual a saída para a classe trabalhadora?
Guilherme de Almeida Soares
São Paulo

Em entrevista elaborada pelo Datafolha, quase 80% da população se sente triste diante da situação política do país. Com o avanço da extrema-direita, com a manipulação descarada dessas eleições sob comando do judiciário é preciso construir uma saída à esquerda, independente do PT, contra os golpistas e reacionários.

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Em pesquisa realizada ontem (2) pelo Datafolha foi feita uma pergunta para aferir o sentimento da população em meio à conjuntura política: ’’Quando pensa no Brasil de hoje, você se sente tranquilo ou com raiva?’’. Dos entrevistados, 68% dizem se sentir com raiva. Os que se sentem mais enfurecidos com a situação do país são os jovens entre 16 e 34 anos de idade: 74% responderam sentir raiva pelo momento que o Brasil está vivendo.

A pesquisa mostrou também que a maioria dos eleitores está pessimista com a situação do país. Das opções de como o entrevistado se sentia foram apresentadas possibilidades pela negativa e positiva e em todas as avaliações negativa superou a positiva. 79% afirmaram estrem tristes, sendo este o sentimento mais citado e 78% se sentem desanimados. Já em relação a sentir medo ou esperança, 59% dos entrevistados afirmam sentir mais medo. Este número entre os jovens de 16 a 24 anos de idade é de 63%.

Os números que foram apresentados pelo Datafolha representa o sentimento de milhares de pessoas com a situação que o Brasil está passando. Um país que está marcado e arrasado com os acordos espúrios de políticos dos governos com grandes empresários. O país que enfrentou o golpe institucional e por duras medidas de ataques contra os trabalhadores e população, que teve início nos governos petistas e se aprofundou com o governo golpista de Michel Temer.

A raiva sentida contra política é fruto de milhares de trabalhadores que sofrem com serviços básicos como saúde e educação sucateados e péssimas condições de trabalho, ainda mais precarizadas com os ataques do governo golpista com a reforma Trabalhista e as terceirização irrestrita. Enquanto os políticos e juízes nadam em privilégios e governam para os grandes empresários e banqueiros, trabalhadores são atacados em nome da manutenção do lucro da burguesia, e sentem todos os dias a crise descarregada em suas costas. As principais centrais sindicais , como a CUT (dirigida pelo PT), não organizou os trabalhadores para resistirem aos ataques do governo golpista de Michel Temer e do Judiciário que sequestrou o direito ao voto de milhares.

Com o avanço do final do primeiro turno das eleições, e a consolidação da extrema-direita nas pesquisas, com o cancelamento de mais de 3 milhões de títulos de eleitores por conta da biometria, mostrando que mais uma vez o judiciário está a serviço de manipular as eleições para favorecer o candidato da burguesia, setores recorrem ao mal menor: Haddad e Ciro.

Entretanto, a resposta à tais ataques, que possam de fato avançar para combater as misérias hoje impostas aos trabalhadores e ao conjunto da população, está na força da classe trabalhadora, das mulheres, negros, LGBTs e indígenas, organizados colocando suas forças nas ruas, para ser capaz de impor uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana, que possa revogar todos os ataques, combater privilégios de juízes e políticos e oferecer uma saída à esquerda e independente do PT.

 
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