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ESCOLA SEM PARTIDO
"Meninos sem Pátria", livro publicado durante a Ditadura é proibido por pais de colégio no Rio
Silvério Baltazar Lobo
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O livro ’’Meninos sem pátria’’, livro de Luiz Puntel lançado em 1981, enfrenta uma situação realmente lamentável que é o retrato do atual momento do país. A pedidos de alguns pais, o Colégio de Santo Agostinho Leblon, na Zona Sul, suspendeu sua leitura, prevista no começo desse ano. Os argumentos utilizado por pais como ’’doutrina crianças com a ideologia comunista’’ e que a obra ’’promove um discurso esquerdopata’’ é uma amostra de como a direita, em particular a campanha de Bolsonaro, consegue incitar a ignorância em sua base.

A obra ’’Meninos Sem Pátria’’ trata em parte do período da Ditadura no país, por meio da historia de Zé Maria, um jornalista que viu o jornal onde trabalhava sendo fechado pela censura dos militares e é obrigado a deixar o país, a mulher e os dois filhos, que depois reencontra no Chile. Não permanecem, porém, por lá muito tempo - vão para o exílio em Paris logo depois que o Ditador Pinochet assume o poder em Santiago. O centro do romance juvenil, entretanto, é o caso principalmente do namoro de um dos filhos do jornalista com uma menina francesa.

A decisão do colégio veio após repercutir no Facebook uma publicação de denúncia em relação ao livro, na página Alerta Ipanema, de apoiadores de Bolsonaro. Não é de se espanta, como já havíamos denunciado aqui anteriormente, a direita não quer que os jovens alunos sejam críticos de sua realidade e muito menos quer que ele conheça a história do lugar onde vive. É uma direita que através do Escola Sem Partido, que hoje toma partido de Jair Bolsonaro, quer que a escola não seja um ambiente de debates de ideias, onde ela possa cumprir um papel de formar jovens críticos e dispostos a mudar a realidade de miséria existente hoje .

Apesar da atitude da escola em ceder a pressão dos pais, ignorando todo o aspecto pedagógico do aprendizado, alguns pais se revoltaram com a decisão da escola. De acordo com uma mãe de um aluno do Santo Agostinho ’’Suspender o livro foi um absurdo’’ ’’ A escola deve promover, e não esconder, o debate. É uma instituição muito conservadora e que não costuma ceder a pressão sobre qualquer interferência em seu currículo. Agora, porém, atendeu aos pais que disseram que a obra é ideologia marxista, quando na verdade se trata apenas do drama de uma família que viveu no exílio".

 
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