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DEFESA DA TORTURA
Família Bolsonaro: histórico inegável de defesa da tortura e da ditadura
Mariana Duarte
Estudante | Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo

Hoje (26), Carlos Bolsonaro protagonizou um verdadeiro escândalo: em seu perfil de uma rede social, postou uma foto em apologia clara à tortura. A família Bolsonaro tem um vasto histórico de defesa ostensiva à ditadura militar e seus métodos de tortura.

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Carlos Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro, protagonizou hoje um verdadeiro escândalo, ao compartilhar em sua conta pessoal do Instagram uma imagem fazendo apologia à um método de tortura e associando à #EleNão, utilizada contra a candidatura de seu pai. Após a notícia ter viralizado, Carlos Bolsonaro saiu com algo parecido com uma retratação, acusando as mídias de propagarem "fake news".

Saiba mais: ESCÂNDALO: Carlos Bolsonaro faz campanha à tortura contra participantes do movimento #EleNão

Essa não é a primeira vez em que Jair ou seus filhos fazem declarações ou alusões públicas em defesa da tortura. A família Bolsonaro é amplamente conhecida por reivindicar a ditadura militar e as forças armadas em seus discursos contra à esquerda e contra setores oprimidos, exaltando torturadores e defendendo a tortura.

Jair Bolsonaro é um "ícone" no que se refere à defesa incondicional da ditadura militar, usando de argumentos falsos para defender esta parte da história brasileira: em 1999 Jair deu uma entrevista ao programa Câmara Aberta onde defendia abertamente ser favorável à tortura. “Sou favorável a tortura. Só vai mudar com a guerra civil, matando uns 30 mil”, dizendo ainda que caso fosse eleito presidente “dava o golpe” e fechava o congresso nacional na hora".

Veja aqui esse episódio fatídico de Jair Bolsonaro:

Neste mesmo vídeo, Bolsonaro sai em defesa de um dos métodos mais cruéis e comuns de tortura utilizados pelos militares na ditadura militar: o pau de arara.

Método de tortura ao qual se referia Jair Bolsonaro no vídeo

Em discurso no evento do Prêmio Congresso em Foco, Eduardo Bolsonaro, saiu em defesa mais uma vez dos militares e das torturas praticadas na ditadura militar contra todos aqueles que lutavam contra este regime: “saúdo dessa maneira os militares de 64 por terem impedido uma ditadura de esquerda em nosso país”. Sempre com esse discurso de "anti-comunista", os Bolsonaro se apoiam no que há de mais reacionário para defender uma política totalmente neoliberal e de perseguição à mulheres, negros, LGBTs e militantes de esquerda.

Veja abaixo a declaração completa de Eduardo Bolsonaro:

O Coronel Brilhante Ustra, chefe do DOI/CODI e um dos mais conehcidos torturadores da ditadura militar, acusado da morte de mais de 60 pessoas no período militar e torturador da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), também é muito admirado pela família Bolsonaro. Jair Bolsonaro, declarou seu voto a favor do golpe institucional, homenageando Ustra. Eduardo Bolsonaro, seguindo os passos de seu pai, também já posou nas redes sociais utilizando uma camisa em homenagem ao mesmo torturador:

A chapa de Jair Bolsonaro também não nega a relação íntima entre os Bolsonaro e a ditadura militar: Hamilton Mourão, general da reserva do Exército Brasileiro, é o vice de Bolsonaro, e vem juntando uma coletânea de discursos reacionários desde então. Mourão, declarou que "estão enchendo o saco" com o assassinato da vereadora Marielle Franco. Marielle era uma mulher negra, lésbica e militante de esquerda, conhecida por denunciar a violência policial e a Intervenção Federal no Rio de Janeiro, foi assassinada friamente junto ao seu motorista Anderson. Além disso, também afirmou que famílias criadas por avós e mães são "fábricas de desajustados", veja aqui.

Casos como esses de hoje protagonizado por Carlos Bolsonaro, e todos os demais de apologia à tortura não podem intimidar mulheres, LGBTs, negros e todos os setores que se levantem à luta. É preciso se mobilizar.

Repudiamos qualquer manifestação que reivindique a ditadura militar, que perseguiu e assassinou trabalhadores, mulheres, negros, LGBTs e militantes de esquerda. Ao contrário do que pregam os Bolsonaros, a ditadura militar não foi um período de bonança econômica e livre de corrupção, nós do Esquerda Diário, já denunciamos aqui uma série de casos de fraudes em obras públicas que renderam milhões aos cofres públicos, como você pode ver aqui. A ditadura militar intensificou ao máximo a repressão aos trabalhadores e seus métodos de organização para manter os lucros dos capitalistas através da tortura e assassinato de milhares que tentaram lutar e resistir.

Rechaçamos também as posições reacionárias de Bolsonaro e sua família e o combate à extrema-direita deve vir da força dos trabalhadores organizados. Frente à candidatura de Jair Bolsonaro, carregada de discursos de ódio contra setores oprimidos, mulheres de todo brasil se unificam em repúdio ao avanço desta extrema-direita. Seu projeto também inclui uma vasta agenda de ataques aos direitos dos trabalhadores e do povo pobre, como um extenso projeto de privatizações e ajustes,

Nós do Esquerda Diário, impulsionado pelo Movimento Revolucionário de Trabalhadores (MRT), defendemos que o combate ao golpismo, ao avanço da extrema-direita se dará através da mobilização das mulheres, e da classe trabalhadora, em seus locais de trabalho e estudo, com grandes mobilizações capazes de impor uma saída que esteja verdadeiramente à serviço da classe trabalhadora e da população. Por isso, não apoiamos e nem chamamos voto no candidato do PT, Fernando Haddad, que já sinaliza uma busca pela conciliação com setores golpistas e burgueses, buscando um regime que já se mostrou incapaz de responder aos anseios dos trabalhadores. Durante 13 anos de governo petista, demandas históricas das mulheres, como o direito ao aborto, e de toda população, como a reforma agrária, não foram garantidas. Um governo aliado aos setores mais reacionários da política nacional, que abriram espaço para o fortalecimento da extrema direita, não combatendo o golpe e o direito básico ao voto.

Assim, defendemos que as mulheres estejam nas ruas no dia 29 de setembro, não lutando apenas contra o Bolsonaro e buscando uma saída eleitoral, baseada no mal menor, e sim, combatendo o golpe e sua continuidade, o autoritarismo do judiciário e a extrema-direita, com um programa operário e que supere o PT pela esquerda.

 
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