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ELEIÇÕES 2018: CIRO GOMES
Em sabatina em SP, Ciro diz que o atual modelo de Previdência “morreu”
Alexandre Azhar

Em um encontro promovido pela FAAP e pelo jornal Estado de São Paulo, Ciro falou da Reforma da Previdência, e defendeu que o modelo previdenciário do Brasil “morreu”.

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Ciro Gomes (PDT) esteve nessa terça-feira (4) em uma sabatina onde, entre outros temas, falou da previdência, da reforma tributária e de investimentos e geração de empregos.

O presidenciável deixou bem claro que, segundo ele, o problema da previdência é o modelo – o de repartição, onde os trabalhadores ativos contribuem para manter os aposentados. Criticou Michel Temer por tentar fazer sua reforma focado somente nos “parâmetros”, e propôs um regime “de capitalização” pautado em economia individual.

"Esse sistema [de Previdência] morreu. Temos que ter clareza no diagnóstico, porque senão a gente erra na terapêutica", diz Ciro. "Não se tratam de parâmetros. Idade mínima, máxima, tudo isso é fácil de resolver. O problema aqui é orgânico".
Ao falar de um programa ao mesmo tempo tão rebaixado e tão inalcançável em meio à crise, Ciro expressa bem o desenvolvimentismo senil que sua candidatura representa. Visando parecer mais “presidenciável” Ciro vem baixado mais e mais suas propostas visando apresentar-se como gestor viável do capital. Ao mesmo tempo, em meio à crise mundial, e com uma investida imperialista cada vez mais agressiva contra o Brasil, os planos de Ciro de ser um “Lula requentado” não terão viabilidade alguma.

Veja também: A política de Ciro Gomes de fato é uma saída para a crise econômica e política do país?

Na mesma sabatina, Ciro Gomes falou de impostos sobre lucros e dividendos, de obras públicas, chegou a falar de como seria fácil resolver os problemas orçamentários do Brasil "Tecnicamente eu venço o déficit público brasileiro assim [estala o dedos]. Politicamente é que o desafio", disse. Mas o problema mora, justamente em defender que poderá, em tempos de crise, de ataques, implementar de cima essas medidas, à revelia dos capitalistas, do judiciário, do imperialismo.

O próximo governo, seja este qual for, terá de lidar com o peso da crise capitalista. Sem luta, isso significará mais ataques. A campanha de Ciro se apoia em um sentimento reformista que não tem como funcionar senão em momentos de crescimento, como foi o boom das commodities e a fuga de capitais ao terceiro mundo durante o governo Lula. Os tempos agora são de crise. A insistência de Ciro em propagar que poderá “resolver o déficit fiscal” mudando o modelo da previdência passa ao largo do ponto de que os ataques aos trabalhadores seguem e seguirão sendo mandados pelo governo para preservar a aumentar os lucros; para seguir com o pagamento religioso da dívida pública.

Esta, sim, está na fonte do “problema orgânico” de que fala Ciro. Não há como falar do “problema fiscal” do Brasil sem lembrar que todos os governos (desde os militares, passando por FHC, Lula, Dilma e agora Temer) têm entregado quantias impensáveis ao capital imperialista e atacado os trabalhadores quando foi necessário para manter a sangria. Valor que agora já ultrapassa 1 trilhão por ano é esse o coração da “crise” brasileira que os capitalistas querem descarregar nas nossas costas.

Defendemos o não pagamento da Dívida Pública! Que os capitalistas paguem pela sua crise! E sabemos que não estamos em tempo de conseguir nem a mais mínima das concessões pacificamente. Será na luta, não na aliança com burgueses, especialmente a bancada ruralista, que os trabalhadores conseguirão repelir os ataques.

 
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